Para Sarney, modernização foi a marca dos seus 8 anos como presidente do Senado — Rádio Senado

Para Sarney, modernização foi a marca dos seus 8 anos como presidente do Senado

LOC: PARA JOSÉ SARNEY, A MODERNIZAÇÃO FOI A MARCA DOS SEUS OITO ANOS COMO PRESIDENTE DO SENADO. 

LOC: SARNEY DISSE QUE O SENADO GANHOU VISIBILIDADE, FICOU MAIS PRÓXIMO DO CIDADÃO E PASSOU A SER A CASA LEGISLATIVA MAIS FISCALIZADA DO PAÍS. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

TÉC: Eleito presidente do Senado para quatro períodos, nos biênios 1995/96, 2003/2004, 2009/2010 e 2011/2012, José Sarney fez um balanço de oito anos no cargo. Sarney, que é senador do PMDB do Amapá, disse que ao assumir a Presidência pela primeira vez, em meados dos anos 90, encontrou uma casa afastada da população e uma estrutura envelhecida, em que as atas das reuniões ainda eram escritas a mão. 

(SARNEY) O Senado era uma casa praticamente apagada, não era uma casa importante legislativa. A casa importante legislativa era a Câmara dos Deputados. 

(REPÓRTER) José Sarney destacou algumas medidas adotadas a partir de 1995: a informatização do processo legislativo, para dar mais agilidade aos trabalhos; a criação da Rádio, da TV, da Agência e do Jornal do Senado, para divulgar à população as atividades da Casa; e o serviço Alô Senado, que permite ao cidadão dar sugestões e fazer perguntas aos senadores. 

(SARNEY) Eu acho que a marca que fica é a marca da modernização. No futuro, quando se procurar saber quando realmente o Senado mudou, nós vamos encontrar que mudou quando conseguimos marchar para a modernização e a transparência da Casa. 

(REPÓRTER) José Sarney afirmou que todas essas mudanças deram mais visibilidade ao Senado, que hoje, para ele, é a casa legislativa mais importante do país. 

(SARNEY) Essa visibilidade não nos deu só bônus, nos deu um ônus muito grande. Nós somos também o mais vigiado, o mais criticado, o mais censurado. Nos cobram demais, quando, na realidade, nós vivemos nesses anos todos um processo de modernização extraordinário. 

(REPÓRTER) Por estar à frente desse processo, Sarney disse que foi alvo de críticas injustas. Ele citou como exemplo as acusações que sofreu no chamado "caso dos atos secretos", medidas administrativas não publicadas na época em que foram editadas. 

(SARNEY) Tudo isso foi jogado nas minhas costas. Toda vez se vem e, em vez de falarem das coisas boas que fizemos, falam dos atos que tinham e que eu que fui o responsável por isso tudo.

(REPÓRTER) Foram 952 atos não publicados entre 1995 e 2009, quando nove senadores ocuparam a Presidência da Casa. Segundo José Sarney, apenas 16, ou um vírgula 68 por cento do total, foram do período em que ele era presidente.
29/01/2013, 11h52 - ATUALIZADO EM 29/01/2013, 11h52
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