Sarney critica pedido de retirada da frase "Deus seja louvado" das notas de real — Rádio Senado

Sarney critica pedido de retirada da frase "Deus seja louvado" das notas de real

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO DEFENDE QUE CÉDULAS DE REAL CONTINUEM COM A INSCRIÇÃO "DEUS SEJA LOUVADO". 

LOC: O MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO ENTROU COM UMA AÇÃO JUDICIAL PARA RETIRAR OS DIZERES DAS NOTAS DE PAPEL. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: Em 1986, o então presidente da República, José Sarney, determinou que todas as cédulas de Cruzado fossem impressas com a frase "Deus seja louvado". Desde então, apesar de a moeda brasileira ter trocado de nome como forma de driblar a inflação, passando por cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real até o real dos dias atuais, as notas que circulam pelo país mantiveram a frase. Mas 26 anos depois, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo entrou com uma ação na Justiça Federal para que as cédulas de R$ 1, R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100 não tenham mais a frase "Deus seja louvado". Para o Ministério Público Federal, a inscrição atenta contra os princípios da igualdade e da não exclusão da minoria por favorecer uma religião em detrimento de outras, ao ressaltar que o estado brasileiro é laico. Mas para o presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá, a inscrição não fere qualquer religião. 

(Sarney) 

REP: O Banco Central, responsável pela Casa da Moeda, que emite as cédulas, já se manifestou contrariamente à ação do Ministério Público Federal. A autoridade monetária argumenta que a própria Constituição de 1988 traz a inscrição “... promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil. A Corte Suprema dos Estados Unidos rejeitou pedido semelhante de um advogado ateu, no ano passado, sob o mesmo argumento.
13/11/2012, 00h45 - ATUALIZADO EM 13/11/2012, 00h45
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