Jorge Viana defende penas mais severas para o crime de homicídio — Rádio Senado

Jorge Viana defende penas mais severas para o crime de homicídio

LOC: O SENADOR JORGE VIANA DEFENDEU PENAS MAIS SEVERAS PARA O CRIME DE HOMICÍDIO.
 
LOC: O PARLAMENTAR DO PT DO ACRE INTEGRA A COMISSÃO ESPECIAL DE 11 SENADORES QUE VAI ANALISAR O ANTEPROJETO DO NOVO CÓDIGO PENAL. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
 
(Repórter) O anteprojeto do novo Código Penal foi elaborado por uma comissão de juristas e entregue ao presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá. Agora, uma comissão temporária de 11 senadores vai analisar a proposta. A comissão ainda será instalada, mas os senadores já foram designados. Jorge Viana, do PT do Acre, é um dos integrantes. Ele defende penas mais duras para os crimes contra a vida. O senador lembra que em um ano e meio de guerra civil na Síria, foram mortas cerca de 20 mil pessoas. No Brasil, em um ano, o número de assassinatos chega a 50 mil.
 
(Jorge Viana) O Brasil hoje é um país que deveria se envergonhar do número de homicídios. São 50 mil homicídios por ano no Brasil. Mas vale aquilo que a população simples comenta, os mortos nesses homicídios, a grande maioria, são pobres, são pessoas mestiças, são jovens que moram nos rincões do Brasil. É uma verdade dura, mas como verdade tem que ser colocada. 

(Repórter) Jorge Viana disse também que o novo Código Penal precisa diminuir os benefícios que hoje são dados aos condenados por homicídio.
 
(Jorge Viana) Todo o aparato legal do nosso país é sempre para proteger quem matou. A vítima, a viúva, as crianças desamparadas, sem pai, essas não têm lei nenhuma. Os bandidos têm um lugar especial no presidido para as suas visitas íntimas, todo um aparato de cuidado, tudo está estabelecido na lei. E, os que foram vitimados, esses não têm nenhum tipo de amparo. 

(Repórter) O anteprojeto do Código Penal tem 544 artigos e incorpora mais de 130 leis em vigência no país. Depois de passar pela comissão temporária de senadores, a proposta segue para a Comissão de Constituição e Justiça e, caso seja aprovada, para o Plenário do Senado.
02/08/2012, 06h08 - ATUALIZADO EM 02/08/2012, 06h08
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