Plenário examinará cotas em universidades públicas em regime de urgência — Rádio Senado

Plenário examinará cotas em universidades públicas em regime de urgência

LOC: PROJETO QUE ESTABELECE COTAS DE 50 POR CENTO PARA INGRESSO DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS EM UNIVERSIDADES FEDERAIS SEGUIRÁ EM REGIME DE URGÊNCIA PARA O PLENÁRIO.
 
LOC: A MATÉRIA, QUE VEIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, FOI APROVADA NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA, SOB APLAUSOS DE SENADORES E DE INTEGRANTES DE MOVIMENTOS SOCIAIS E ESTUDANTIS. É O QUE INFORMA A REPÓRTER NARA FERREIRA:
 
(Repórter) O projeto reserva metade das vagas em universidades e escolas técnicas federais para alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, incluindo negros, pardos e índios, com base na proporção destes grupos em cada Estado. Deste total, metade das vagas deverá ser reservada para estudantes de famílias com baixa renda. E o governo deverá promover, no prazo de dez anos, a revisão do programa de cotas. As universidades terão o prazo de quatro anos, a partir da publicação da lei, para fazer a mudança. A votação foi aplaudida por estudantes e representantes de movimentos sociais que lotaram a sala da Comissão de Direitos Humanos: (barulho dos estudantes...sobe e desce...) O relator, senador Paulo Paim, do PT gaúcho, lembrou a decisão do Supremo Tribunal Federal, que por unanimidade considerou constitucional a política de cotas. E disse que essas políticas afirmativas visam corrigir uma distorção na sociedade brasileira. Segundo ele, hoje, a porcentagem média de professores negros nas universidades públicas é de um por cento, enquanto a proporção de negros no país é de cerca de 51 por cento.

(Paulo Paim) temos que refletir que alguma coisa de fato está errada...o percentual de professores negros nas universidades sul-africanas ainda na época do apartheid era maior do que no número de professores negros no Brasil.
 
(Repórter) Paim elogiou a aprovação por unanimidade também na comissão que ele preside.
 
(Paulo Paim) Essa é uma causa dos direitos humanos, aqueles que lutam pela igualdade, pela liberdade e Justiça. Essa causa uniu brancos e negros. 

(Repórter) O projeto, que veio da Câmara dos Deputados e já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, segue agora para o plenário com urgência, após acordo para abreviar a análise da matéria sem passar pela Comissão de Educação.
28/06/2012, 02h00 - ATUALIZADO EM 28/06/2012, 02h00
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