Congressistas paraguaios explicam impeachment do presidente Lugo
LOC: CONGRESSISTAS PARAGUAIOS EXPLICAM NO SENADO BRASILEIRO IMPEACHMENT DO PRESIDENTE LUGO. ALEGAM QUE A SITUAÇÃO NAS RUAS É TRANQUILA E PEDEM A NORMALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES BILATERAIS.
LOC: MESMO ASSIM A COMISSÃO EXTERNA DO SENADO PODERÁ VISITAR O PAÍS VIZINHO NOS PRÓXIMOS DIAS. A REPORTAGEM É DE NILO BAIRROS:
(Repórter) Foi uma reunião da comissão externa criada ainda em março para averiguar os conflitos agrários envolvendo os brasiguaios, agricultores de origem brasileira, e os sem terra do Paraguai, os chamados carperos. A disputa pela terra seria uma das justificativas para o processo de impeachment do presidente Fernando Lugo, deposto na sexta-feira passada pelo congresso. E cinco desses congressistas vieram pedir apoio aos senadores brasileiros para que sejam normalizadas as relações entre os dois países. Os presidentes do Brasil, Argentina e Uruguai definem nesta sexta-feira uma posição sobre o assunto. Esses países questionam o rito acelerado que, em menos de dois dias, derrubou o presidente da República. A comitiva paraguaia alegou que o processo obedeceu à Constituição, que permite ao Congresso estipular os prazos de um processo de impeachment. Disseram ainda que optaram por votações rápidas com medo de que o presidente Fernando Lugo conseguisse levar o povo às ruas e que isso provocasse derramamento de sangue. Para o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, foi uma decisão soberana que, por isso, deve ser respeitada.
(Alvaro Dias) Houve uma maioria esmagadora: 92% dos senadores optaram pelo impedimento do presidente da República, não há como contestar, a Suprema Corte paraguaia validou o processo de impeachment, houve transparência, legalidade e respeito às instituições. Não cabe ao Brasil qualquer represália.
(Repórter) O Paraná é o estado com maior área de fronteira com o Paraguai e é de onde partiu boa parte dos 400 mil brasileiros que moram naquele país. Por isso, o caso desperta atenção especial entre os paranaenses, como é o caso do senador Sergio Souza, do PMDB. Ele cobrou uma decisão rápida dos demais países sobre a situação do Paraguai no MERCOSUL.
(Sérgio Souza) Se nós retirarmos ou suspendermos o Paraguai do MERCOSUL, as taxas de impostos colocadas na importação e exportação serão outras. Então, nenhum empresário vai vender num momento em que ele não sabe a taxa de importação ou exportação. Isso gera prejuízo.
(Repórter) Na próxima semana, a comissão externa volta a se reunir e deve agendar uma data para a ida de uma comitiva de cinco senadores brasileiros ao Paraguai.
LOC: MESMO ASSIM A COMISSÃO EXTERNA DO SENADO PODERÁ VISITAR O PAÍS VIZINHO NOS PRÓXIMOS DIAS. A REPORTAGEM É DE NILO BAIRROS:
(Repórter) Foi uma reunião da comissão externa criada ainda em março para averiguar os conflitos agrários envolvendo os brasiguaios, agricultores de origem brasileira, e os sem terra do Paraguai, os chamados carperos. A disputa pela terra seria uma das justificativas para o processo de impeachment do presidente Fernando Lugo, deposto na sexta-feira passada pelo congresso. E cinco desses congressistas vieram pedir apoio aos senadores brasileiros para que sejam normalizadas as relações entre os dois países. Os presidentes do Brasil, Argentina e Uruguai definem nesta sexta-feira uma posição sobre o assunto. Esses países questionam o rito acelerado que, em menos de dois dias, derrubou o presidente da República. A comitiva paraguaia alegou que o processo obedeceu à Constituição, que permite ao Congresso estipular os prazos de um processo de impeachment. Disseram ainda que optaram por votações rápidas com medo de que o presidente Fernando Lugo conseguisse levar o povo às ruas e que isso provocasse derramamento de sangue. Para o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, foi uma decisão soberana que, por isso, deve ser respeitada.
(Alvaro Dias) Houve uma maioria esmagadora: 92% dos senadores optaram pelo impedimento do presidente da República, não há como contestar, a Suprema Corte paraguaia validou o processo de impeachment, houve transparência, legalidade e respeito às instituições. Não cabe ao Brasil qualquer represália.
(Repórter) O Paraná é o estado com maior área de fronteira com o Paraguai e é de onde partiu boa parte dos 400 mil brasileiros que moram naquele país. Por isso, o caso desperta atenção especial entre os paranaenses, como é o caso do senador Sergio Souza, do PMDB. Ele cobrou uma decisão rápida dos demais países sobre a situação do Paraguai no MERCOSUL.
(Sérgio Souza) Se nós retirarmos ou suspendermos o Paraguai do MERCOSUL, as taxas de impostos colocadas na importação e exportação serão outras. Então, nenhum empresário vai vender num momento em que ele não sabe a taxa de importação ou exportação. Isso gera prejuízo.
(Repórter) Na próxima semana, a comissão externa volta a se reunir e deve agendar uma data para a ida de uma comitiva de cinco senadores brasileiros ao Paraguai.
