Comissão debate os desafios da lavoura cacaueira
LOC: O BRASIL APOSTA NA TECNOLOGIA E NAS VIRTUDES SUSTENTÁVEIS DO CACAU PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO, QUE HOJE É A QUINTA MAIOR DO MUNDO.
LOC: OS DESAFIOS DA LAVOURA CACAUEIRA FORAM DEBATIDOS NESTA SEXTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE AGRICULTURA DO SENADO. QUEM TRAZ OS DETALHES É O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Na década de 80 o Brasil chegou a produzir 400 mil toneladas anuais de cacau, mas aí veio a praga da vassoura de bruxa que destruiu lavouras e trouxe a crise para o setor. A recuperação só começou no ano de 2000, depois que novos clones foram introduzidos no plantio. Ainda assim, a última safra, de 2010/2011, resultou em menos de duzentas mil toneladas. Os produtores cobram mais apoio e criticam a desorganização fundiária em alguns estados - como Rondônia e Pará - e a falta de informação e assistência técnica. O governo, por sua vez, anunciou um PAC, programa de aceleração do crescimento, para o setor. Só na Bahia, maior produtor nacional, serão investidos dois bilhões e duzentos milhões de reais até 2016. Tudo para revitalizar a lavoura, com novas tecnologias produtivas, e ajudar o agricultor endividado. Mas além de engordar a economia nacional, já que 90% da produção é exportada, o cacau pode ocupar um novo papel no país: auxiliar na recuperação dos rios e córregos. Quem explica é o presidente da Comissão de Agricultura, senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia.
(Acyr Gurgacz) No momento em que discutimos soluções sustentáveis para nossa agricultura, o cacau surge como um dos principais aliados, como uma espécie nativa, com alto poder econômico, que pode ser usada inclusive na recuperação de nascentes e matas ciliares. O cacau é, então, uma das melhores alternativas para os sistemas agroflorestais.
(Repórter) O plantio desse fruto no Brasil também é cada vez mais sustentável. É o chamado cacau cabruca, em que o produtor projeta a lavoura junto das árvores nativas, que fornecem a sombra necessária ao cacaueiro. O sistema, que melhora a qualidade da fruta e contribui para uma cadeia sustentável, será levado como exemplo à Rio + 20, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho no Rio de Janeiro. Participaram da audiência na Comissão representantes dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, da Confederação Nacional da Agricultura, e das associações de produtores e da indústria de processamento de cacau.
LOC: OS DESAFIOS DA LAVOURA CACAUEIRA FORAM DEBATIDOS NESTA SEXTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE AGRICULTURA DO SENADO. QUEM TRAZ OS DETALHES É O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Na década de 80 o Brasil chegou a produzir 400 mil toneladas anuais de cacau, mas aí veio a praga da vassoura de bruxa que destruiu lavouras e trouxe a crise para o setor. A recuperação só começou no ano de 2000, depois que novos clones foram introduzidos no plantio. Ainda assim, a última safra, de 2010/2011, resultou em menos de duzentas mil toneladas. Os produtores cobram mais apoio e criticam a desorganização fundiária em alguns estados - como Rondônia e Pará - e a falta de informação e assistência técnica. O governo, por sua vez, anunciou um PAC, programa de aceleração do crescimento, para o setor. Só na Bahia, maior produtor nacional, serão investidos dois bilhões e duzentos milhões de reais até 2016. Tudo para revitalizar a lavoura, com novas tecnologias produtivas, e ajudar o agricultor endividado. Mas além de engordar a economia nacional, já que 90% da produção é exportada, o cacau pode ocupar um novo papel no país: auxiliar na recuperação dos rios e córregos. Quem explica é o presidente da Comissão de Agricultura, senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia.
(Acyr Gurgacz) No momento em que discutimos soluções sustentáveis para nossa agricultura, o cacau surge como um dos principais aliados, como uma espécie nativa, com alto poder econômico, que pode ser usada inclusive na recuperação de nascentes e matas ciliares. O cacau é, então, uma das melhores alternativas para os sistemas agroflorestais.
(Repórter) O plantio desse fruto no Brasil também é cada vez mais sustentável. É o chamado cacau cabruca, em que o produtor projeta a lavoura junto das árvores nativas, que fornecem a sombra necessária ao cacaueiro. O sistema, que melhora a qualidade da fruta e contribui para uma cadeia sustentável, será levado como exemplo à Rio + 20, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho no Rio de Janeiro. Participaram da audiência na Comissão representantes dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, da Confederação Nacional da Agricultura, e das associações de produtores e da indústria de processamento de cacau.