CPI vai investigar a fundo coiotes que trazem haitianos para o Brasil
LOC: A CPI DO TRÁFICO DE PESSOAS VAI APROFUNDAR AS INVESTIGAÇÕES SOBRE COIOTES QUE TRAZEM HAITIANOS ILEGALMENTE PARA O BRASIL.
LOC: A COMISSÃO FOI A MANAUS NESTA SEGUNDA-FEIRA OUVIR AUTORIDADES E HAITIANOS, QUE DISSERAM QUE OS IMIGRANTES ILEGAIS SÃO VÍTIMAS DE QUADRILHAS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(REPÓRTER) Mesmo após medidas do governo brasileiro para regularizar imigrantes haitianos e endurecer o combate à entrada ilegal, ainda há mais de 600 pessoas vindas do Haiti sem documentos no Amazonas. E elas são alvo fácil para quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas, pois não podem trabalhar legalmente. A denúncia foi feita à CPI do Tráfico de Pessoas em reunião que aconteceu nesta segunda-feira em Manaus. A presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, explicou que esses haitianos já estavam no caminho para o Brasil quando as medidas foram anunciadas pelo governo, em janeiro.
(VANESSA GRAZZIOTIN) E uma coisa importante nos foi dita pela Polícia Federal é que nenhum dos haitianos que estão no Amazonas ou que chagaram pelo Amazonas, nenhum, não há nenhum registro do envolvimento deles em qualquer atividade criminosa. Claro que um estado como o Amazonas receber de uma vez só 4 mil, 5 mil haitianos é um choque, não é? Então nós temos que receber bem essas pessoas e dar segurança não só a eles mas a nós também.
(REPÓRTER) A senadora disse ainda que uma das dificuldades é que nenhum dos países da rota de entrada ilegal no Brasil, como Haiti, República Dominicana, Panamá, Peru e Equador, tem acordo de cooperação com o governo brasileiro para combater a ação dos coiotes. Cenário que foi confirmado pelo Superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes.
(SÉRGIO FONTES - SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA FEDERAL) Encontramos também essa dificuldade, ou seja, as vítimas não colaboram e a nossa interface com as autoridades ainda não são suficientes para que a gente possa determinar realmente a existência de quadrilhas especializadas em tráfico de seres humanos.
(REPÓRTER) O Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, que também participou da audiência, pediu ao Congresso Nacional que aprove o Estatuto do Estrangeiro, e anunciou que o ministério está elaborando uma proposta de Política Nacional de Migração que será encaminhada em breve para a Presidência da República.
LOC: A COMISSÃO FOI A MANAUS NESTA SEGUNDA-FEIRA OUVIR AUTORIDADES E HAITIANOS, QUE DISSERAM QUE OS IMIGRANTES ILEGAIS SÃO VÍTIMAS DE QUADRILHAS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(REPÓRTER) Mesmo após medidas do governo brasileiro para regularizar imigrantes haitianos e endurecer o combate à entrada ilegal, ainda há mais de 600 pessoas vindas do Haiti sem documentos no Amazonas. E elas são alvo fácil para quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas, pois não podem trabalhar legalmente. A denúncia foi feita à CPI do Tráfico de Pessoas em reunião que aconteceu nesta segunda-feira em Manaus. A presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, explicou que esses haitianos já estavam no caminho para o Brasil quando as medidas foram anunciadas pelo governo, em janeiro.
(VANESSA GRAZZIOTIN) E uma coisa importante nos foi dita pela Polícia Federal é que nenhum dos haitianos que estão no Amazonas ou que chagaram pelo Amazonas, nenhum, não há nenhum registro do envolvimento deles em qualquer atividade criminosa. Claro que um estado como o Amazonas receber de uma vez só 4 mil, 5 mil haitianos é um choque, não é? Então nós temos que receber bem essas pessoas e dar segurança não só a eles mas a nós também.
(REPÓRTER) A senadora disse ainda que uma das dificuldades é que nenhum dos países da rota de entrada ilegal no Brasil, como Haiti, República Dominicana, Panamá, Peru e Equador, tem acordo de cooperação com o governo brasileiro para combater a ação dos coiotes. Cenário que foi confirmado pelo Superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes.
(SÉRGIO FONTES - SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA FEDERAL) Encontramos também essa dificuldade, ou seja, as vítimas não colaboram e a nossa interface com as autoridades ainda não são suficientes para que a gente possa determinar realmente a existência de quadrilhas especializadas em tráfico de seres humanos.
(REPÓRTER) O Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, que também participou da audiência, pediu ao Congresso Nacional que aprove o Estatuto do Estrangeiro, e anunciou que o ministério está elaborando uma proposta de Política Nacional de Migração que será encaminhada em breve para a Presidência da República.