Pesquisas indicam que Pará pode não ser dividido — Rádio Senado

Pesquisas indicam que Pará pode não ser dividido

LOC: A MENOS DE UMA SEMANA DO PLEBISCITO SOBRE A DIVISÃO DO PARÁ, A EXPECTATIVA É DE UM RESULTADO CONTRÁRIO À CRIAÇÃO DE DOIS NOVOS ESTADOS, ADMITE UM DOS SENADORES PARAENSES, FLEXA RIBEIRO.

LOC: A VOTAÇÃO ACONTECE NO PRÓXIMO DOMINGO, DIA 11 DE DEZEMBRO. SAIBA MAIS NA REPORTAGEM DE ROBERTO FRAGOSO. 

(REPÓRTER): Dividir ou não o Pará em três estados: Pará, Tapajós e Carajás? Esse é o objetivo do plebiscito que será realizado em todo o estado no dia 11 de dezembro. As pesquisas, no entanto, já apontam para um resultado, como adiantou o senador paraense Flexa Ribeiro, do PSDB. 

(FLEXA RIBEIRO): A expectativa é que o resultado seja de 2 eleitores contrários à divisão para um a favor da divisão. Eu me posicionei no Senado favorável à aprovação do projeto de ouvir a população, isso é um processo democrático. Então o que os eleitores vão mostrar nas urnas é que o povo do Pará quer manter o estado unido. E nós vamos, através desta união, fortalecer o estado e levar o desenvolvimento para todo o estado do Pará.

(REPÓRTER): A vontade de dividir o Pará, de acordo com Flexa Ribeiro, é das lideranças políticas, mas como a votação deve confirmar, não é compartilhada pela população. Ele acredita que a melhor solução para o Pará é a regulamentação da Lei Kandir, que soma mais de 20 bilhões de reais em prejuízos para o estado em renúncia fiscal. Já a senadora Marinor Brito, do PSol paraense, disse que é preciso descentralizar as políticas e levar poder público para as regiões mais afastadas do estado. Ela é da região de Alenquer, que ficará no estado do Tapajós, caso ele seja criado. E disse como vai votar no plebiscito. 

(MARINOR BRITO): Vou votar contra a divisão territorial do Pará, não é dividindo e despotencializando os seus valores naturais, os seus recursos naturais, a sua possibilidade de gerar renda e emprego que nós vamos melhorar a situação do povo, pelo contrário. Não exista sustentabilidade econômica e política para que o estado do Pará se divida. 

(REPÓRTER): Marinor destacou como riquezas atuais e potenciais do Pará a exploração mineral, os recursos hídricos para geração de energia elétrica e a produção de soja. Com a divisão, o Pará ficaria com 78 cidades, 4 milhões e 600 mil habitantes e 56% do Produto Interno Bruto. Tapajós, na região oeste, teria como capital Santarém, e incluiria 27 cidades, um milhão e 200 mil habitantes e 11% do PIB. Carajás, ao sudeste, contaria com 39 cidades, um milhão e 600 mil habitantes e 33% do PIB. A capital seria Marabá.
05/12/2011, 03h07 - ATUALIZADO EM 05/12/2011, 03h07
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