Governo quer repatriar duas crianças adotadas ilegalmente em Portugal — Rádio Senado

Governo quer repatriar duas crianças adotadas ilegalmente em Portugal

LOC: O GOVERNO PODE RECORRER À CORTE EUROPÉIA DE DIREITOS HUMANOS PARA REPATRIAR DUAS CRIANÇAS BRASILEIRAS QUE TERIAM SIDO ADOTADAS ILEGALMENTE EM PORTUGAL.

LOC: O ANÚNCIO FOI FEITO PELA PRESIDENTE DA CPI DO TRÁFICO DE PESSOAS, SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN, QUE SE REUNIU NA ÚLTIMA TERÇA-FEIRA COM O MINISTRO DE RELAÇÕES EXTERIORES, ANTÔNIO PATRIOTA. REPÓRTER GEORGE CARDIM.

(REPÓRTER): Os senadores da CPI do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas se reuniram com o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, para cobrar uma ação política do governo para trazer de volta ao país duas crianças brasileiras que teriam sido adotadas ilegalmente em Portugal. A estudante baiana Rosenilda Alves alega que foi aliciada para trabalhar como empregada da esteticista portuguesa Paula Jesus, em 2005. No ano seguinte, Rosenilda teria sido induzida a passar a guarda de suas duas filhas para Paula, com a promessa de providenciar um Visto de Trabalho em Portugal. Em seguida, as crianças teriam sido adotadas sem o consentimento da mãe brasileira, que perdeu o contato com as meninas. Após a audiência no Itamaraty, a presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, disse que o governo está disposto a garantir a assistência jurídica à cidadã brasileira. A estratégia é recorrer à justiça portuguesa, e se a repatriação for negada, denunciar o caso na Corte de Direitos Humanos da União Européia, em Estrasburgo, na França.
(VANESSA GRAZZIOTIN): O governo brasileiro está disposto até a denunciar em Estrasburgo, que é a que trata de Direitos Humanos. Então, o Governo brasileiro, o Itamaraty, está disposto a continuar até conseguir trazer de volta estas crianças.
(REPÓRTER): A relatora da CPI do Tráfico de Pessoas, senadora Marinor Brito, do Psol do Pará, também informou que a reunião serviu para discutir uma maior cooperação entre o Itamaraty e os trabalhos da Comissão. O objetivo é contar com o auxílio do Ministério das Relações Exteriores na discussão de novas leis e na investigação de denúncias sobre o tráfico nacional e internacional de pessoas, uma atividade ilegal que movimenta cerca de 30 bilhões de dólares por ano.
25/10/2011, 06h59 - ATUALIZADO EM 25/10/2011, 06h59
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