Comissão debate aplicação de recursos públicos no ensino brasileiro — Rádio Senado

Comissão debate aplicação de recursos públicos no ensino brasileiro

LOC: COMO É EMPREGADO O DINHEIRO PÚBLICO DESTINADO À EDUCAÇÃO NO BRASIL?

LOC: ESSE FOI O TEMA DO DEBATE NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO, QUE CONTOU COM A PRESENÇA DE REPRESENTANTES DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO E DO CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE EDUCAÇÃO. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER NARA FERREIRA.

O secretário do Tribunal de Contas da União Marcelo Barros Gomes disse que dos valores liquidados do orçamento da União, a participação da educação vem aumentando de maneira progressiva: de 0,8 por cento do Produto Interno Bruto em 2006, chegou a 1,26 por cento em 2010. Ele disse também que o dinheiro aplicado no ensino médio aumentou mais de 160 por cento em relação a 2009, e que no ensino básico o investimento tem aumentado por meio de transferências. Ele explicou que os investimentos federais no ensino superior continuam maiores que no ensino básico, mas a relação está mudando: hoje, para cada 1 real e 20 centavos destinado à educação superior, um real vai para educação básica. Antes, essa relação chegava a um real no ensino básico para dois reais e 80 centavos no ensino superior. Sérgio Ricardo Salustiano, também secretário do TCU, disse que são frágeis os mecanismos de prestação de contas no Fies, o fundo de financiamento do ensino superior, e que no Pro-Uni, há uma evasão de 19 e meio por cento dos beneficiários. Thiago Silveira, do Conselho Nacional de Secretários de Educação, criticou a situação da educação básica. (THIAGO) Ocorreu no Brasil um outro apagão, que foi o apagão da educação básica, se não tivesse ocorrido, esse apagão da mão de obra não estaria acontecendo. Então temos que corrigir toda essa distorção e será indispensável mais recursos para que essas mudanças ocorram. (REP) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, disse que saiu da audiência ainda mais preocupado. (CRISTOVAM) O governo está espalhando universidades e escolas técnicas por ai, não vai ter aluno preparado para cursar essas universidades e escolas técnicas porque o ensino fundamental não é bom para a escola técnica e nem o ensino médio é bom para as universidades, há um apagão lá na base, pelo abandono pela educação de base. (REP) Cristovam defendeu a federalização da educação de base no Brasil, que seria implementada em cidades específicas e num prazo de 20 anos, com horário de aula integral e professores bem preparados e remunerados.
17/08/2011, 01h54 - ATUALIZADO EM 17/08/2011, 01h54
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