Pesquisa revela que 60% das mulheres acreditam na Lei Maria da Penha — Rádio Senado

Pesquisa revela que 60% das mulheres acreditam na Lei Maria da Penha

LOC: SESSENTA POR CENTO DAS MULHERES ACREDITAM QUE A LEI MARIA DA PENHA TROUXE MAIS PROTEÇÃO PARA AS BRASILEIRAS. FOI O QUE REVELOU PESQUISA DO DATASENADO, QUE OUVIU MULHERES MAIORES DE 16 ANOS PARA DETECTAR A PERCEPÇÃO SOBRE A LEI, QUE ENTROU EM VIGOR EM 2006.

LOC: O SENADO COMEMORA DURANTE A SESSÃO DO PLENÁRIO DE HOJE OS CINCO ANOS DE VIGÊNCIA DA LEI. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER NARA FERREIRA.

Segundo pesquisa do DataSenado, sessenta por cento das mulheres acham que a proteção melhorou depois da lei Maria da Penha, apesar da percepção de que a violência continua. De 2009 a 2011 aumentou de 83 para 98 por cento o número de mulheres que dizem saber da lei. E 53 por cento das entrevistadas afirmaram conhecer alguma mulher que já sofreu agressão física em casa. A senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, que participou de seminário no Ministério da Justiça sobre a Lei Maria da Penha, fez um balanço positivo dos últimos cinco anos. Segundo ela, a Lei motivou mulheres que sofrem todo tipo de violência, principalmente a doméstica, a denunciar.(ANA RITA) As mulheres estão buscando mais a sua proteção, por isso o número mais expressivo de registro de casos de violência contra a mulher. A violência sempre existiu infelizmente no âmbito familiar, que não era público, porque as mulheres tinham medo mas também não sabiam a quem resolver. Ainda existe medo em algumas, mas elas se sentem mais encorajadas em fazer a denúncia, por isso, esse número mais expressivo. (REPÓRTER) Ana Rita diz que há dificuldades, no entanto, porque a própria lei ainda é vista com preconceito. (ANA RITA) A lei tem sofrido inclusive muitas ataques jurídicos, existem em torno de 300 ações no supremo que questionam a constitucionalidade da própria lei, e isso é uma batalha, uma batalha permanente, mas apesar disso temos conseguido superar dificuldades.(REPÓRTER) Para a senadora, é necessário ampliar o número de delegacias da mulher. Segundo o IBGE, dos 5 mil 565 municípios brasileiros, apenas 397 tem delegacias especializadas. Onde não há uma, a mulher agredida tem que recorrer a uma delegacia comum, onde se sente mais fragilizada e constrangida. Ana Rita citou como mudança favorável o artigo 64 da lei Maria da Penha, que elimina a pena alternativa para quem comete violência contra a mulher. Mesmo questionada, a proibição de penas alternativas foi mantida por decisão do Supremo Tribunal federal.
04/08/2011, 02h01 - ATUALIZADO EM 04/08/2011, 02h01
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