Após mapear rotas no país, CPI deve agora visitar estados — Rádio Senado

Após mapear rotas no país, CPI deve agora visitar estados

LOC: NOS TRÊS PRIMEIROS MESES DE TRABALHO, A CPI DO TRÁFICO NACIONAL E INTERNACIONAL DE PESSOAS REUNIU DADOS IMPORTANTES PARA MAPEAR AS ROTAS DESSE CRIME NO PAÍS.
 
LOC: A PARTIR DE AGOSTO, A CPI QUER INVESTIGAR, IN LOCO, O ALICIAMENTO DE VÍTIMAS PARA EXPLORAÇÃO SEXUAL NO EXTERIOR, QUE OCORRE EM VÁRIOS ESTADOS. CONFIRA O BALANÇO DOS TRABALHOS DA COMISSÃO DURANTE ESTE ANO, COM A REPÓRTER PAULA GROBA. 

Instalada em abril deste ano, a CPI Mista do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas foi criada para investigar as principais rotas do tráfico pelo Brasil. Presidida pela senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, a comissão também quer identificar os principais obstáculos para combate desse crime. De acordo com a relatora da CPI, Marinor Brito, do PSOL do Pará, o foco da comissão também são as cidades sedes da copa do mundo de 2014. Para a senadora, essas cidades ficarão ainda mais suscetíveis ao tráfico de pessoas, devido ao grande número de turistas. Durante os três primeiros meses, a comissão realizou quatro audiências públicas para mapear o quadro atual do tráfico de pessoas no país. Ouviu representantes da secretaria nacional e das secretarias estaduais de justiça de quatro estados, coordenadores de ONGs, promotores de justiça, delegados e representantes das Nações Unidas. De acordo com a relatora os principais destinos dos brasileiros traficados são o Suriname, a Espanha e Portugal. Na opinião de Marinor Brito, a segurança precisa ser reforçada com urgência. (Marinor Brito) Falta decisão política de estruturar os ministérios e os órgãos que atuam na rede de enfrentamento para que tenha mais pessoal e que esse pessoal esteja qualificado para atuar nisso, e para isso precisa de recursos. (Paula) Ao longo dos trabalhos, a CPI ganhou reforços. Dois policiais federais foram designados para ajudar nas investigações do Senado. E a ONG SaferNet, que denuncia crimes praticados na Grande Rede, colocou à disposição do Senado o seu banco de dados. A CPI já realizou audiência pública no Amazonas. E no segundo semestre vai realizar uma série de dez viagens para levantar mais informações. As investigações serão feitas nas cidades de Belém, Macapá, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador, Campo Grande, Goiânia e São Paulo. Vanessa Graziotin, faz um balanço positivo dos primeiros meses de trabalho da comissão. (VANESSA) Já cumprimos a primeira etapa e já iniciamos a primeira etapa conforme o roteiro e a programação aprovada no início dos trabalhos da CPI. Primeiro passo foi a gente ter um contato mais profundo com o tema e um conhecimento maior de como isso é encarado no Brasil. E iniciamos a segunda etapa que é a etapa de ir aos estados e se tudo der certo creio que até o final do ano a gente consiga desenvolver um bom trabalho mesmo porque nós temos a clareza de que o primeiro passo que nós temos que dar é mudar a legislação brasileira. (Paula) Em agosto, os senadores e deputados da CPI do Tráfico de Pessoas vão se reunir em Salvador, na Bahia, para discutir com policiais, autoridades e representantes de organizações não-governamentais o tráfico de pessoas e o aliciamento de vítimas para exploração sexual no exterior. Ainda em agosto, os parlamentares devem promover outra audiência pública, no Rio de Janeiro. A CPI, que tem um prazo inicial de 120 dias para sua conclusão, pode prorrogar os trabalhos até abril de 2012.
18/07/2011, 05h21 - ATUALIZADO EM 18/07/2011, 05h21
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