Psiquiatras pedem leis que destinem mais recursos para o combate às drogas
LOC: OS PSIQUIATRAS PEDIRAM QUE O CONGRESSO APROVE LEIS QUE DESTINEM MAIS DINHEIRO PARA O COMBATE ÀS DROGAS.
LOC: O PEDIDO FOI DEFENDIDO, NESTA QUINTA-FEIRA, DURANTE O CICLO DE DEBATES QUE A SUBCOMISSÃO DO CRACK ESTÁ REALIZANDO. CONFIRA MAIS INFORMAÇÕES NA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
TÉC: A Subcomissão do Crack deu continuidade ao seu ¿Ciclo de Debates¿ sobre o combate às drogas no Brasil. E desta vez foram ouvidos Psiquiatras que comandam instituições de assistência aos usuários de crack e outras drogas que se tornaram verdadeiras epidemias, principalmente entre os mais jovens. E o presidente do Colegiado dos Conselhos Estaduais Antidrogas, o psiquiatra Aloísio Freitas, cobrou do Congresso que aprove uma Lei que destine 1% da venda de bebidas alcoólicas e cigarros para o combate às drogas e para ajuda aos usuários. (ALOISIO FREITAS): Já discuti com o senador Wellington Dias estimular a criação de uma Contribuição Social a ser cobrada no valor de rótulo de bebidas e de tabaco, de 1% do valor do rótulo para capitalizar o atual FUNAD, que é o Fundo Nacional Anti-Drogas. Nós tivemos o lucro da AMBEV, o último que eles anunciaram de 19 bilhões e 300 milhões de reais, que detém 70% do mercado brasileiro de cervejas. E a sociedade não vai ser punida porque quem vai pagar esta contribuição é quem compra para consumo próprio. (REP): O Presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool, Carlos Salgado, lembrou que o Estado brasileiro tem gasto muito mais no tratamento das conseqüências do alcoolismo entre o povo do que o que as indústrias tem pago de impostos. (CARLOS SALGADO): O impacto de saúde da presença do álcool em nossa sociedade sem dúvida supera à distância a questão do recolhimento de impostos que a indústria da bebida pode nos oferecer. É uma doce ilusão que também se repete com o tabaco. É uma verdade cruel esta: 30% dos leitos em um hospital são ocupados por indivíduos que não estariam ali caso o álcool não estivesse nas suas vidas. (REP): Sem se comprometer com a aprovação do projeto, a senadora Lídice da Mata do PSB da Bahia lembrou que as drogas também estão inseridas dentro do contexto da economia capitalista na sociedade. (LIDICE DA MATA): A questão do mercado. Não podemos tratar as drogas distante de uma noção de mercado. Nós estamos tratando a droga numa sociedade capitalista onde existe uma economia paralela à economia formal, que é a economia das drogas, e que também é mercado. Aí entra o mercado na discussão da droga. (REP): Ao final dos ciclos de discussões, o presidente da Subcomissão, senador Wellington Dias do PT do Piauí, irá encaminhar as propostas aprovadas para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha e para o Ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardoso.
LOC: O PEDIDO FOI DEFENDIDO, NESTA QUINTA-FEIRA, DURANTE O CICLO DE DEBATES QUE A SUBCOMISSÃO DO CRACK ESTÁ REALIZANDO. CONFIRA MAIS INFORMAÇÕES NA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
TÉC: A Subcomissão do Crack deu continuidade ao seu ¿Ciclo de Debates¿ sobre o combate às drogas no Brasil. E desta vez foram ouvidos Psiquiatras que comandam instituições de assistência aos usuários de crack e outras drogas que se tornaram verdadeiras epidemias, principalmente entre os mais jovens. E o presidente do Colegiado dos Conselhos Estaduais Antidrogas, o psiquiatra Aloísio Freitas, cobrou do Congresso que aprove uma Lei que destine 1% da venda de bebidas alcoólicas e cigarros para o combate às drogas e para ajuda aos usuários. (ALOISIO FREITAS): Já discuti com o senador Wellington Dias estimular a criação de uma Contribuição Social a ser cobrada no valor de rótulo de bebidas e de tabaco, de 1% do valor do rótulo para capitalizar o atual FUNAD, que é o Fundo Nacional Anti-Drogas. Nós tivemos o lucro da AMBEV, o último que eles anunciaram de 19 bilhões e 300 milhões de reais, que detém 70% do mercado brasileiro de cervejas. E a sociedade não vai ser punida porque quem vai pagar esta contribuição é quem compra para consumo próprio. (REP): O Presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool, Carlos Salgado, lembrou que o Estado brasileiro tem gasto muito mais no tratamento das conseqüências do alcoolismo entre o povo do que o que as indústrias tem pago de impostos. (CARLOS SALGADO): O impacto de saúde da presença do álcool em nossa sociedade sem dúvida supera à distância a questão do recolhimento de impostos que a indústria da bebida pode nos oferecer. É uma doce ilusão que também se repete com o tabaco. É uma verdade cruel esta: 30% dos leitos em um hospital são ocupados por indivíduos que não estariam ali caso o álcool não estivesse nas suas vidas. (REP): Sem se comprometer com a aprovação do projeto, a senadora Lídice da Mata do PSB da Bahia lembrou que as drogas também estão inseridas dentro do contexto da economia capitalista na sociedade. (LIDICE DA MATA): A questão do mercado. Não podemos tratar as drogas distante de uma noção de mercado. Nós estamos tratando a droga numa sociedade capitalista onde existe uma economia paralela à economia formal, que é a economia das drogas, e que também é mercado. Aí entra o mercado na discussão da droga. (REP): Ao final dos ciclos de discussões, o presidente da Subcomissão, senador Wellington Dias do PT do Piauí, irá encaminhar as propostas aprovadas para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha e para o Ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardoso.
