CPI ouve agentes públicos e de ONGs para mapear redes de exploração — Rádio Senado

CPI ouve agentes públicos e de ONGs para mapear redes de exploração

LOC: RELATORA DA CPI DO TRÁFICO DE PESSOAS ACHA QUE ARTICULAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS PÚBLICOS NO COMBATE A ESSE CRIME AINDA É FRÁGIL. LOC: COMISSÃO OUVIU, NESTA TERÇA-FEIRA, AGENTES PÚBLICOS E DE ONGS PARA MAPEAR AS REDES DE EXPLORAÇÃO QUE ATUAM NO BRASIL. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS: O trabalho escravo é o principal crime por trás do tráfico de pessoas e as maiores vítimas são jovens de baixa renda e de pouca escolaridade, levados à exploração sexual ou ao trabalho forçado. Além disso, o tráfico tem suas preferências, de acordo com a região. No Nordeste, a exploração sexual é o principal alvo; já no Pará, essa modalidade divide espaço com a destinação de pessoas ao trabalho de mineração. Outro registro comum nas entidades que combatem o tráfico de pessoas é o aliciamento de garotos para jogarem em times de futebol. Para enfrentar esse crime, está em formação uma rede com o apoio de mais de cem entidades públicas e privadas. O trabalho é liderado por um grupo interministerial que tenta articular campanhas e ações com a sociedade, inclusive entre caminhoneiros e taxistas, considerados agentes importantes nessa luta. Mas a relatora da CPI, senadora Marinor Brito, do PSOL do Pará, ficou preocupada com a falta de integração no poder público. É que, até o momento, apenas oito estados possuem núcleos de enfrentamento ao tráfico de pessoas. E, mesmo diante da promessa de que até 2014 todos os estados terão seus próprios núcleos, Marinor Brito cobrou uma ação coordenada e eficiente da Secretaria Nacional de Justiça: Marinor - quem tem que interagir com os governos estaduais, com os governos municipais é o núcleo central do Ministério da Justiça. Se houve decisão política, vai haver interação entre os ministérios, se houver decisão política vai ter recursos nos ministérios para que o enfrentamento seja feito, para que os profissionais que atuam na área sejam qualificados. Rep: na audiência desta terça-feira, estiveram presentes representantes de núcleos de combate ao tráfico de pessoas de quatro estados, Bahia, Pará, Ceará e São Paulo, além do representante da Secretaria Nacional de Justiça. Da Rádio Senado, Nilo Bairros.//
10/05/2011, 07h16 - ATUALIZADO EM 10/05/2011, 07h16
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