Comissão realiza audiência para discutir agronegócio — Rádio Senado

Comissão realiza audiência para discutir agronegócio

LOC: A COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA REALIZOU NESTA QUINTA FEIRA MAIS UMA AUDIÊNCIA PARA DISCUTIR O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO. LOC: O OBJETIVO DO CICLO DE PALESTRAS QUE ACONTECERÃO NESSE E NO ANO QUE VEM É DISCUTIR COM DIFERENTES ESPECIALISTAS OS TEMAS RELACIONADOS AO AGRONEGÓCIO. O tema da palestra desta sexta-feira foi o endividamento do setor agropecuário e formas de renegociar essas dívidas. A superintendente técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Rosemeire Cristina dos Santos, apresentou dados do endividamento rural no período de 2005 a 2008. Segundo ela, vinte mil produtores deixaram a atividade por conta de dívidas. O presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, senador Acir Gurgarcz, do PDT de Rondônia afirmou que as dificuldades no processo de renegociação das dívidas dos produtores rurais vêm se arrastando há algum tempo. (Acir 21¿) - O fato mais relevante é que como as taxas de juros eram bastante elevadas e no processo de renegociação essas taxas continuaram cada vez mais e com isso agora observa-se que há todo um comprometimento pelo estoque da dívida prorrogada, dada a essa característica do alto custo do financiamento. (Patrícia) - O diretor de financiamento e proteção da produção rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Guadagnin falou sobre o Pronaf, o Programa Nacional de Agricultura familiar. Ele afirmou que o índice de inadimplência entre esses agricultores é muito pequeno, de cerca de 4 por cento. Graças, segundo ele, a mecanismos construídos a partir de 2003 como o programa de garantia de preços e a menor taxa de juros oferecida pelo Pronaf. A grande dificuldade do setor, apontada por ele, e por vários outros palestrantes é a falta de assistência técnica. O senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso afirmou que fica triste quando alguém chama o produtor rural de caloteiro. (Maggi 18¿) ¿ Não dá para a sociedade urbana generalizar o produtor, como se todos fossem caloteiros, todos fossem ruins. Bem pelo contrário, os números do ministério da fazenda, do banco do Brasil demonstram que nós estamos indo por um caminho de regularidade financeira o que é muito importante. Isso garante à população brasileira alimentos no dia a dia na sua mesa. (Patrícia) ¿ Participaram ainda da audiência o gerente de desenvolvimento de mercados da Organização das Cooperativas do Brasil, Evandro Ninaut; o superintendente da área de Recuperação de Crédito do Banco Nordeste do Brasil, José Andrade Costa e o gerente executivo do Banco da Amazônia, José Alves Bezerra.
08/04/2011, 08h06 - ATUALIZADO EM 08/04/2011, 08h06
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