Comissão apoia posição do governo brasileiro em relação aos conflitos
LOC: "UMA AVENTURA DE CONSEQUÊNCIAS GEOPOLÍTICAS IMPREVISÍVEIS". É O QUE ASSINALA DOCUMENTO APROVADO PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL do senado EM RELAÇÃO AOS CONFLITOS NA LÍBIA.
LOC: O REQUERIMENTO EXPRESSA APOIO À POSIÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO EM RELAÇÃO AOS CONFLITOS NA LÍBIA. E DESTACA A TRADIÇÃO HISTÓRICA DA DIPLOMACIA BRASILEIRA DE BUSCAR SOLUÇÕES NEGOCIADAS E MULTILATERAIS EM CONTROVÉRSIAS INTERNACIONAIS.
A manifestação de apoio à posição do governo brasileiro foi apresentada pelo senador Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo. Ele citou a Constituição brasileira destacando que o Brasil mantém, nas relações internacionais, princípios de defesa da paz e da solução pacífica de conflitos. Suplicy afirmou ainda que a recente resolução do Conselho de Segurança da ONU, concebida inicialmente apenas para criar uma zona de exclusão aérea na Líbia e evitar que o governo do ditador Muamar Kadafi bombardeasse os rebeldes no leste do país, foi muito além da proposta inicial. O requerimento critica o fato de a resolução ter incluído a expressão por quaisquer meios necessários, referindo-se e às ações das forças de coalizão para proteger a população civil. (SUPLICY) Manifestamos nossa solidariedade e apoio a posição brasileira de apoiar um cessar fogo imediato na Líbia, ao mesmo tempo declaramos nosso apoio a uma solução pacífica e negociada do conflito interno líbio conduzido pela ONU e que surja de um amplo entendimento das forças políticas na Líbia e que seja capaz de promover um regime plural e democrático naquele país. (REP) O documento aprovado pelos senadores destaca que a resolução da ONU abre as portas para uma nova guerra no Oriente Médio, uma região instável e que se transformou em um barril de pólvora. Para os senadores da Comissão de Relações Exteriores, a intervenção só conseguiu elevar a temperatura do conflito interno líbio, com aumento dos combates e do número de vítimas, inclusive civis inocentes.