Senadores divergem sobre possibilidade de se recriar imposto — Rádio Senado

Senadores divergem sobre possibilidade de se recriar imposto

¿LOC: SENADORES DA OPOSIÇÃO E DA BASE GOVERNISTA REAGIRAM DE MODO DISTINTO À PROPOSTA DOS GOVERNADORES NORDESTINOS DE CRIAÇÃO DE UM NOVO IMPOSTO PARA FINANCIAR A SAÚDE. LOC: A MANIFESTAÇÃO DOS GESTORES ESTADUAIS FOI FEITA DURANTE O DÉCIMO SEGUNDO FÓRUM DE GOVERNADORES DO NORDESTE, QUE ACONTECE EM SERGIPE. O fim da CPMF, a contribuição provisória sobre movimentação financeira, foi aprovado em dezembro de 2007 pelo plenário do Senado. Desde então, a hipótese de recriação de um imposto para financiar a saúde foi levantada algumas vezes por segmentos do Executivo e também do Congresso. Mas essa ideia sempre foi combatida pela oposição. Nesta segunda-feira o tema voltou ao debate político. Reunidos em Sergipe, governadores de estados do nordeste, inclusive de partidos oposicionistas, defenderam a criação de um tributo cujos recursos seriam direcionados exclusivamente para a saúde. A proposta repercutiu entre os senadores. O líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, reagiu com veemência, e disse que isso iria configurar num estelionato eleitoral. (ALVARO DIAS) porque durante a campanha desenhou-se um cenário em que o Brasil era um paraíso, querer agora criar um novo imposto é a consagração da incompetência administrativa no Brasil. O problema da saúde no Brasil não é dinheiro, é falta de planejamento, de capacidade de gerenciamento, e ausência de honestidade porque há muito de corrupção na utilização dos recursos públicos destinados à saúde no país. (Celso) Mas a senadora Vanessa Graziotin, do PC do B amazonense, defende que a criação de um imposto para a saúde seja discutida, de preferência dentro de um debate maior sobre a reforma tributária. (VANESSA GRAZIOTIN) precisamos arrumar recursos para financiar a saúde pública brasileira, agora, se será na forma da CPMF ou não, para a gente seria muito simpático e muito importante que fosse por exemplo imposto sobre grandes fortunas, apesar de a CPMF já ser um imposto, de todos os que estão aí, um imposto um pouco mais justo, porque ele alcança aquele que tem uma renda maior. Então a gente tem que buscar, agora, é óbvio que isso seria bom dentro de uma reforma tributária mais ampla,, você criar efetivamente um imposto que já está previsto na constituição que é o imposto sobre fortunas para poder ajudar o desenvolvimento da saúde. (Celso) Segundo cálculos do governo federal, o fim da CPMF significou uma perda anual de 40 bilhões de reais para a saúde pública no país.
21/02/2011, 06h33 - ATUALIZADO EM 21/02/2011, 06h33
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