Secretaria de Direitos Humanos lança disque-denúncia — Rádio Senado

Secretaria de Direitos Humanos lança disque-denúncia

LOC: PARA DENUNCIAR CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA HOMOSSEXUAIS, BASTA DISCAR O NÚMERO 100 NO TELEFONE.

LOC: ESSE É O NOVO DISQUE-DENÚNCIA, LANÇADO PELA MINISTRA DA SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS, MARIA DO ROSÁRIO, NO SÁBADO, EM SÃO PAULO. TAMBÉM FOI LANÇADO O SELO "BRASIL, TERRITÓRIO LIVRE DE HOMOFOBIA".

LOC: AS DUAS INICIATIVAS FAZEM PARTE DE UMA CAMPANHA CONTRA A HOMOFOBIA QUE, NO SENADO, ENCONTRA APOIO EM UM PROJETO QUE VOLTARÁ A SER DEBATIDO NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS.

TÉC: A ligação para o disque-denuncia, número 100, é grátis, e o serviço estará disponível 24 horas por dia em todo o País. A identidade do denunciante será mantida em sigilo. E o selo "Brasil, território livre de homofobia" servirá como símbolo da campanha de combate à discriminação contra os homossexuais. Segundo a ministra Maria do Rosário, o objetivo é formar uma rede nacional contra a homofobia, com a atuação de estados e municípios. A homofobia é toda a discriminação por gênero, identidade de gênero, sexo ou orientação sexual. Nos últimos dois meses, em que funcionou em caráter experimental em São Paulo, foram registradas 343 denúncias. Em casos graves, como de violência física, a polícia poderá ser acionada rapidamente. A senadora Marta Suplicy, do PT de São Paulo, participou do lançamento da campanha e explica a importância da iniciativa. (MARTA) A importância dessa iniciativa da ministra maria do rosário, abrange dois campos: um é real e concreto que é o disque denúncia ele desencadeia ações por parte da polícia e do governo em relação a quem está ligando. A outra é a conscientização cada vez mais de que a nossa sociedade não admite mais esse tipo de violência. A violência homofóbica ou racista é uma violência que faz parte de uma sociedade não civilizada. (REP) Marta Suplicy deverá ser a relatora, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, do projeto que inclui a homofobia entre os crimes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião. A senadora lembrou da violência em novembro do ano passado, em São Paulo, quando jovens agrediram violentamente pessoas que julgavam ser gays. (REP) São Paulo foi o palco de um espancamento que quem tinha qualquer dúvida sobre o que significa o projeto... após ver na televisão cinco pessoas andando na avenida paulista.... e de repente veem aquelas pessoas sendo atacadas sem ter feito nada, teve uma dimensão do que é a homofobia. Aquilo ali foi provocado do nada, por ódio puro e esse projeto visa exatamente colocar como um crime como o racismo. (REP) O projeto foi aprovado em 2006 na Câmara dos Deputados. Mas não avançou no Senado na legislatura passada. Foi desarquivado neste mês, depois que um requerimento apresentado por Marta Suplicy foi aprovado pelo plenário. O projeto também torna crime a discriminação contra idosos e deficientes.
21/02/2011, 01h06 - ATUALIZADO EM 21/02/2011, 01h06
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