Senado realiza Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência — Rádio Senado

Senado realiza Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência

LOC: MUDAR A LEGISLAÇÃO DO PAÍS E INCLUIR DE FATO AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO. LOC: ESSE É O PRINCIPAL OBJETIVO DA SEMANA DE VALORIZAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, QUE O SENADO REALIZA PELA SEXTA VEZ A PARTIR DESTA TERÇA-FEIRA. Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 24 milhões de pessoas com deficiência. Apenas 1,2% destas pessoas, cerca de 288 mil, têm emprego fixo. E é para contribuir com a mudança cultural do País e das leis, que o Senado realiza há 6 anos a "Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência". O ponto alto deste ano será na quarta e na quinta-feira, no auditório do Interlegis, quando o Senado reúne os maiores especialistas em pessoas com deficiência do país para discutir a legislação. O principal alvo será a ¿Lei de Cotas¿, que determina que as empresas com mais de 100 pessoas tenham pelo menos 2% de deficientes como funcionários. Poucas empresas têm cumprido este requisito, preferindo pagar as multas da Justiça do Trabalho, sob a alegação de que não é fácil encontrar pessoas com reais condições de ocupar os cargos. Por isso agora o principal foco dos grupos que lutam pelas pessoas com deficiência deve ser a formação profissional, como explica a coordenadora da Semana de Valorização no Senado, Monica Freitas. (MONICA FREITAS): O que que vai ser discutido? É que as empresas ao invés de pagarem as multas por não estarem cumprindo a "Lei de Cotas", tem que profissionalizar. Criar escolas profissionalizantes para que estas pessoas possam entrar no mercado de trabalho. Isto é uma política pública que tem que ser mudada. (REP) O slogan este ano é "A Acessibilidade está na moda". E a frase é literal: um dos ramos da indústria da moda que mais cresce é o de roupas e acessórios para deficientes. Por causa disso, o Senado será palco, na terça-feira, de um desfile de moda com atores e modelos, destaca Monica Freitas. (MONICA FREITAS): Hoje em dia já é um mercado, porque são 25 milhões de pessoas com deficiência que consomem. Agora moda é a vez, é um mercado se abrindo. É um desfile de moda inclusiva, fazendo roupas que os deficientes tenham mais facilidade de usar. Como por exemplo uma pessoa que está com um problema no braço tem velcro ao longo da manga, uma pessoa que usa um aparelho na perna tem um fecho lateral, uma pessoa que usa uma colostomia tem uma pochete para guardar a bolsinha. Então é uma coisa inédita. (Rep) Outros destaques são a mostra do artista plástico Bispo do Rosário; a clínica esportiva com atletas paraolímpicos brasileiros, todos eles ganhadores de medalhas olímpicas; e o show da banda de reggae "Tribo de Jah", que tem apenas músicos cegos. A programação inteira pode ser acessada pela página do Senado na internet: www.senado.gov.br. Todos os eventos são gratuitos e abertos ao público.
06/12/2010, 00h32 - ATUALIZADO EM 06/12/2010, 00h32
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