Henrique Meirelles admite que seria um desastre divulgar rombo no banco — Rádio Senado

Henrique Meirelles admite que seria um desastre divulgar rombo no banco

LOC: O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, HENRIQUE MEIRELLES, ADMITIU QUE SERIA UM DESASTRE DIVULGAR O ROMBO NO PANAMERICANO DURANTE AS INVESTIGAÇÕES SOBRE FRAUDES NA INSTITUIÇÃO.
LOC: JÁ A PRESIDENTE DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL GARANTIU QUE NÃO HOUVE IRREGULARIDADES NA SOCIEDADE COM O BANCO DO GRUPO SILVIO SANTOS.
LOC: AS DUAS AUTORIDADES PARTICIPARAM DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O ASSUNTO NESTA QUARTA-FEIRA NAS COMISSÕES DE ASSUNTOS ECONÔMICOS E DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. Os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, explicaram aos senadores o rombo nas contas do Banco Panamericano. Neste mês, a instituição recebeu um empréstimo de dois bilhões e quinhentos milhões de reais do Fundo Garantidor de Crédito, um fundo privado mantido pelos próprios bancos. O Panamericano é controlado pelo grupo Sílvio Santos, com 51 por cento das ações, em sociedade com a caixa, que tem 49 por cento de participação. Durante a audiência, o ministro Henrique Meirelles disse que o empréstimo aconteceu como prevê a lei, e esclareceu que a operação não envolveu recursos públicos nem será paga pelos contribuintes. Também afirmou que seria um ¿desastre¿ divulgar antes as fraudes identificadas pela fiscalização do Banco Central em setembro, pois isso poderia criar problemas no sistema bancário. (Meirelles) (Cardim) No final de 2009, a Caixa Econômica Federal comprou 35 por cento das ações do banco Panamericano. Segundo a presidente da instituição, Maria Fernanda Coelho, não houve irregularidades na transação, que teve auditoria do Banco Fator e de duas empresas reconhecidas no mercado. Maria Fernanda também explicou que a aquisição estava dentro da estratégia de crescimento da Caixa. (Maria Fernanda) (Cardim) Já os senadores da oposição questionaram a compra do Panamericano. O senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, disse que a operação envolveu dinheiro público, já que a Caixa é um banco estatal. (Dias) (Cardim) Para pagar o empréstimo de dois bilhões e quinhentos milhões de reais tomado pelo banco Panamericano com o Fundo Garantidor de Crédito, o grupo Sílvio Santos ofereceu como garantia diversas empresas do apresentador de TV e dono do SBT, como o Baú da Felicidade.
24/11/2010, 01h15 - ATUALIZADO EM 24/11/2010, 01h15
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