Senado tenta reverter situação de jovens que não estudam nem trabalham — Rádio Senado

Senado tenta reverter situação de jovens que não estudam nem trabalham

LOC: DOIS EM CADA DEZ JOVENS BRASILEIROS DE 18 A 20 ANOS NEM ESTUDAM NEM TRABALHAM. OS DADOS SÃO DA PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS. 

LOC: PARA TENTAR REVERTER ESTE QUADRO, O SENADO ANALISA ALGUNS PROJETOS QUE BUSCAM ESTIMULAR E MELHORAR O ACESSO DESTA PARTE DA POPULAÇÃO AO ENSINO E AO MERCADO PROFISSIONAL. 

TÉC: Eles nem estudam nem trabalham. Apelidada pelos especialistas de geração nem-nem, de maneira geral, muitos acordam tarde, passam horas em frente ao videogame, ao computador ou à TV, perambulam nas ruas e shoppings, saem para noitadas e vão para a cama de madrugada. A programação considerada normal apenas para o fim de semana faz parte da rotina diária de aproximadamente dois milhões e quatrocentos mil jovens brasileiros entre 18 e 20 anos. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, duas em cada dez pessoas nesta faixa-etária não freqüentam as aulas nem batem o ponto no emprego. Depois de abandonar os estudos, sem experiência e com uma precária formação educacional, eles não sabem o que fazer no futuro. Os especialistas também apontam que apesar de o País registrar nos últimos anos um aquecimento na economia, o aumento no número de jovens ¿à toa¿ está relacionado à competição no mercado profissional e aos programas de transferência de renda do governo. Para tentar reverter este quadro, o Senado analisa uma série de projetos com o objetivo de melhorar o acesso à educação e estimular a contratação de jovens. Um desses projetos, na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos, prevê a redução do imposto de renda das empresas que contratarem jovens de 18 a 24 anos. Outra proposta, do senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, autoriza a criação do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional e Qualificação do Trabalhador. O Fundo seria destinado à reforma, ampliação e construção das escolas profissionalizantes no Brasil. A iniaciativa foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e ainda deve ser analisada pelas Comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais do Senado. Para a relatora do texto na CCJ, senadora Katia Abreu, do Democratas do Tocantins, o Fundep pode ajudar o aluno a sair da sala de aula direto para o mercado de trabalho. (Katia Abreu -(0901 A 10) Realmente é a verdadeira edução que vira emprego. São milhares de jovens neste país que abandonam o segundo grau, são quase cinquenta por cento que estão abandonamendo o antigo segundo grau, hoje ensino médio, justamente pela perspectiva de terminar o terceiro grau sem uma profissão, sem uma qualificação. A mão de obra no país está deficitária, as empresas estão com dificuldades de contratação não por não existir o ser humano, o cidadão, mas não tem a qualificação para as vagas disponíveis hoje no Brasil. (Cardim) Outra proposta de mudança na Constituição apresentada pelo senador Geraldo Mesquita, do PMDB do Acre, cria cursos técnicos de agentes comunitários rurais em todo o País. Mesquita argumenta que esses cursos seriam uma grande oportunidade para jovens de 16 a 24 anos do meio rural, que não encontram boas oportunidades de trabalho.
19/10/2010, 00h37 - ATUALIZADO EM 19/10/2010, 00h37
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