Boletim.leg - Edição das 22h — Rádio Senado
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Boletim.leg - Edição das 22h

Debate aponta prejuízo da "PEC da Anistia" para candidaturas negras; e Comissão de Meio Ambiente (CMA) discute clima extremo e planos de adaptação ao "novo normal" em audiência. 

12/08/2024, 22h00 - ATUALIZADO EM 12/08/2024, 19h53
Duração de áudio: 05:22

Transcrição
DEBATE APONTA PREJUÍZO DA "PEC DA ANISTIA" A CANDIDATURAS NEGRAS: (senador Paulo Paim) "Outra coisa que nos preocupou, além do prejuízo que vão ter principalmente as mulheres negras, a forma como eles vão administrar.” CLIMA EXTREMO E PLANOS DE ADAPTAÇÃO AO "NOVO NORMAL" SERÃO TEMA DE AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE ... EU SOU ROSANGELA TEJO E ESTE É O BOLETIM PONTO LEG A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS PROMOVEU, NESTA SEGUNDA-FEIRA, UM DEBATE SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS NEGRAS NO CENÁRIO POLÍTICO ELEITORAL BRASILEIRO. REPÓRTER PEDRO PINCER: A audiência sobre a participação negra no sistema político do Brasil acontece no contexto do debate, na Comissão de Constituição e Justiça, da chamada "PEC da anistia", que perdoa os partidos políticos que não cumpriram as cotas de gênero e raça nas eleições de 2022. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, alertou que a PEC, da forma que está, prejudica, sobretudo, candidaturas de mulheres negras:  (sen. Paulo Paim) “Outra coisa que nos preocupou, além do prejuízo que vão ter principalmente as mulheres negras, a forma como eles vão administrar. Uma minoria vai ganhar muito e a maioria vai ganhar muito pouco” Para a representante do Núcleo de Base Mulheres Negras do Partido dos Trabalhadores, Aline Karina, a PEC enfraquece as obrigações dos partidos políticos em relação à promoção de candidaturas negras: (Aline Karina) “É uma forma de dizer aos partidos políticos que eles são perdoados de serem racistas" Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, em 2022, pela primeira vez, o país teve mais candidaturas negras do que brancas; no entanto, quase 70% dos eleitos eram brancos. A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE VAI DEBATER NA QUARTA-FEIRA A ALTA INCIDÊNCIA DE SECAS E INUNDAÇÕES NO BRASIL. OS SENADORES QUEREM SABER QUE MEDIDAS DEVEM SER TOMADAS PARA DIMINUIR OS EFEITOS DOS EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS NO PAÍS. REPÓRTER CESAR MENDES: A audiência pública foi proposta por Leila Barros, do PDT do Distrito Fedral, que alega que desastres naturais provocados por eventos climáticos cada vez mais extremos estão virando rotina no país, que não está preparado para enfrentar essas situações. Para a senadora Leila, o Brasil deve ser protagonista nessa agenda porque evidências mostram que o nosso país pode ser um dos mais afetados pelos efeitos das mudanças do clima. (senadora Leila Barros) ''Há um recorte claro de classe e raça na parcela da população afetada por eventos ligados à mudança do clima.'' Foram convidados para a audiência representantes dos Ministérios do Meio Ambiente, das Cidades e do Desenvolvimento Regional, além da Agência Nacional de Águas. 12 DE AGOSTO DE 2024 MARCA OS 41 ANOS DO ASSASSINATO DA TRABALHADORA RURAL MARGARIDA MARIA ALVES, MULHER QUE INSPIROU OUTRAS CAMPONESAS A ORGANIZAREM SEU PRÓPRIO MOVIMENTO NO BRASIL. NESTA SEGUNDA-FEIRA, O CONGRESSO PROMOVEU SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM ÀS QUATRO DÉCADAS DA MOBILIZAÇÃO DESSAS QUE, HOJE, TAMBÉM SÃO CHAMADAS DE "MARGARIDAS". REPÓRTER MARCELLA CUNHA: Durante a homenagem pelos 40 anos do Movimento de Mulheres Camponesas, a senadora Augusta Brito, do PT do Ceará, lembrou que o grupo a surgiu nos anos 80 em resposta a mudanças na agricultura. Uma das autoras da iniciativa, ela acrescentou que esta é uma forma de celebrar a jornada, marcada pela coragem, resistência, e a esperança do movimento de mulheres camponesas em busca de igualdade. (sen. Augusta Brito) "Em tempos de diversidade e transformação, essas mulheres não apenas desafiaram as estruturas opressoras da sociedade, mas também plantaram as sementes de um futuro mais justo e sustentável para todas nós." Representando a Coordenação Nacional do Movimento, Mirele Milhomem, fez questão de ressaltar que hoje o grupo se consolidou com um projeto de agricultura camponesa, popular e feminista. (Mirele Milhomem) "Defendemos nossas culturas como modo de vida, os saberes populares como ciência , pela libertação da mulher de toda forma de violência, exploração, discriminação e opressão." Participaram da solenidade a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; e o da Agricultura, Paulo Teixeira, que defendeu a taxação, na reforma tributária, de agrotóxicos e alimentos ultraprocessados.  OUTRAS NOTÍCIAS ESTÃO DISPONÍVEIS EM: SENADO.LEG.BR/RADIO.

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