Piloto Alberto Torres, que afundou submarino nazista, é Herói da Pátria, aprova CE

Da Agência Senado | 12/11/2024, 11h45 - ATUALIZADO EM 12/11/2024, 13h41

Projeto que inscreve o nome do histórico piloto de caça brasileiro Alberto Martins Torres no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura (CE) nesta terça-feira (12). O homenageado destacou-se ao comandar o avião PBY-5 Arará e atacar submarino alemão durante a Segunda Guerra Mundial.

O Projeto de Lei (PL) 1.711/2024, do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), recebeu parecer favorável do senador Wilder Morais (PL-GO). Aprovado em caráter terminativo, a matéria vai à Câmara dos Deputados, salvo recurso para votação no Plenário do Senado.

O piloto Alberto Martins Torres nasceu nos Estados Unidos e viveu em diversos países devido à profissão diplomática de seu pai, estabelecendo-se no Brasil aos 15 anos. Ele foi um dos primeiros voluntários a se inscrever no treinamento da Força Aérea Brasileira nos Estados Unidos. No auge da Segunda Guerra Mundial, em 31 de julho de 1943, comandou o avião PBY-5 Arará. Nesta missão, ele localizou e atacou o submarino alemão U-199, tornando-se o único piloto brasileiro a afundar um submarino do Eixo em águas brasileiras.

Além dessa missão, Torres completou 64 missões de patrulhamento e, em seguida, voluntariou-se para combater, na Itália, com o 1º Grupo de Aviação de Caça. Lá, ele alcançou um recorde de 100 missões, o maior número entre os pilotos brasileiros na Frente do Mediterrâneo. Após a guerra, Alberto Torres trabalhou como advogado, aviador e empresário.

— Alberto Martins Torres faleceu em 30 de dezembro de 2001, deixando um legado indelével de bravura e dedicação. A inscrição de seu nome no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um reconhecimento merecido e justo pelo impacto de suas ações em prol da nação brasileira — disse o relator.

Livro

O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, também chamado de Livro de Aço (pois a obra de fato é formada por páginas de aço), fica no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Criado em 1992, reúne protagonistas da liberdade e da democracia, que dedicaram sua vida ao país em algum momento da história. A inscrição de um novo personagem depende de lei aprovada no Congresso.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)