Comissão discute comemoração dos 200 anos da Confederação do Equador

Da Agência Senado | 08/03/2024, 18h38

A comissão temporária que vai coordenar as atividades de comemoração dos 200 anos da Confederação do Equador discutirá o plano de trabalho na próxima quarta-feira (13), a partir das 13h30. Essa será a segunda reunião da comissão, instalada em dezembro de 2023.

Na ocasião, a senadora Teresa Leitão (PT-PE) foi eleita presidente do colegiado e ressaltou a importância histórica do movimento na busca pela autonomia política e econômica, bem como na defesa dos direitos individuais e das liberdades civis no Brasil.

— A revolução Confederação do Equador foi um marco na história das lutas democráticas do Brasil. A Confederação simbolizou a aspiração ao buscar a criação de uma República Federativa, algo que um governo mais representativo e participativo na Região Nordeste, na qual diferentes estados puderam colaborar em um sistema de poder descentralizado — afirmou a senadora pernambucana, para quem a revolta representou um marco nas lutas democráticas no país e merece ser comemorada e mantida na memória coletiva da sociedade.

Foram sugeridas atividades que poderão constar do plano de trabalho, como a publicação de um livro pela editora do Senado, exposições utilizando o acervo da Companhia Editora de Pernambuco e uma sessão solene na Assembleia Legislativa, que contaria com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A comissão já conta com a parceria do governo do estado de Pernambuco e busca o apoio da Legislativo estadual para as celebrações.

História

A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário ocorrido em 1824 no Nordeste. Teve início em Pernambuco, mas logo se espalhou pelas províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Era contra a monarquia de Dom Pedro I e defendia a implantação de um regime republicano. 

Na época, o movimento foi proibido, perseguido pelas tropas leais ao imperador e 31 pessoas foram condenadas à morte. Entre elas, o frei Joaquim do Amor Divino, mais conhecido como Frei Caneca, que se tornou um herói entre os revolucionários. 

A senadora Jussara Lima (PSD-PI), vice-presidente da Comissão, também mencionou outro nome que teve grande influência no movimento.

— Aproveito então o ensejo para destacar a bravura de Bárbara Pereira de Alencar, uma sertaneja da cidade de Exu, em Pernambuco, ativista destacada da Confederação do Equador, de 1824, e também da Revolução Pernambucana e da Revolução do Crato, de 1817 — citou Jussara.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)