Marcos Rogério condena 'ataques' do governo contra jornalista

Da Agência Senado | 20/11/2023, 19h33

O senador Marcos Rogério (PL-RO) acusou nesta segunda-feira (20) o governo federal de promover “ataques pessoais” contra a jornalista Andreza Matais, do jornal O Estado de S. Paulo. Em pronunciamento no Plenário, Marcos Rogério afirmou que há um “modus operandi” na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o trabalho da imprensa.

— A defesa da democracia, no governo Lula, só funciona no discurso, só funciona na teoria. Na prática, o que vemos aqui é a perseguição de jornalistas e veículos de comunicação, é coação de pessoas que publicam denúncias ou conteúdos contrários ao governo. O método da esquerda é esse: quando não concorda com as críticas, parte para ataques baixos, ataca, agride, intimida e tenta silenciar.

Andreza Matais é editora-executiva de Política do jornal O Estado de S. Paulo. O veículo publicou reportagens sobre a presença de Luciane Barbosa Farias em reuniões nos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos. Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, apontado como líder do Comando Vermelho no Amazonas e preso por associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ela participou das reuniões como representante do Comitê Estadual para Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas.

Marcos Rogério apontou que a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o ministro da Justiça, Flávio Dino, compartilharam “acusações falsas” sobre a produção das reportagens e divulgaram a foto da jornalista Andreza Matais, motivando uma “onda de ataques pessoais” contra ela. O senador ironizou a reação dos membros do governo sobre o caso, afirmando que eles agem para criar “desinformação”.

— Um jornal denunciar o fato de alguém que representa o crime organizado ser recebido em agendas na pasta da Justiça e Segurança Pública “é um absurdo”, afinal, nada mais normal. Política e combate ao crime organizado não tem. Política de combate ao narcotráfico também não tem. Mas agenda com a "dama do tráfico", essa, sim, tem no Ministério da Justiça! O problema está no fato de o jornal questionar tal conduta. É um verdadeiro escárnio.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)