Bittar critica operação do Ibama na Amazônia

Da Agência Senado | 11/04/2023, 18h20

O senador Marcio Bittar (União-AC) criticou, em pronunciamento nesta terça-feira (11), a operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que embargou 500 mil cabeças de gado nos estados do Acre e do Amazonas. Segundo o parlamentar, mais de duas mil propriedades foram afetadas com a medida.

Também informou que 90% das serrarias do Acre foram fechadas após um ato autoritário. De acordo com o senador, pessoas na Amazônia são condenadas e pagam a pena antes mesmo de ter a chance de provar a sua inocência. Chegou a comparar com um caso no Rio de Janeiro, muito divulgado, em que um modelo dirigindo em alta velocidade atropelou e matou uma pessoa, e "está respondendo o crime em liberdade". Mas na Amazônia, continuou, isso não acontece, "porque é o fraquinho" 

— Na Amazônia, você chega, lacra serrarias, prende o gado, embarga o gado; e, depois que a pessoa já está condenada, já está pagando pena, é que vai ter que provar que é inocente.

Global

Bittar criticou declaração da acriana e ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que teria dito que a pauta do ministério e dos ambientalistas é "global". Na avaliação do senador, subentende-se que a causa mundial é mais importante do que a brasileira e a amazônica. Para ele, as operações que estão acontecendo servem para o governo poder dizer na Alemanha, na Noruega e nos Estados Unidos "que agora eles impõem a lei”.

— Sabe quanto a China joga de CO2 no planeta? Quase 33%, só a China. Mas será que o governo, que tem a coragem de impor o império da lei de forma arrogante e autoritária, sem direito à defesa, considerando culpado antes do processo tramitado em julgado, terá coragem de enfrentar a China? Será que vai ter alguma sanção, alguma proposta de sanção? Claro que não — sustentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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