Senado celebra mês de conscientização sobre o diabetes na sexta-feira
Da Agência Senado | 31/10/2022, 15h28
O Senado realiza na sexta-feira (11), às 16h, sessão especial para destacar a campanha mundial de conscientização do mês do diabetes, o Novembro Diabetes Azul. De acordo com o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), autor da iniciativa, o objetivo da sessão é ressaltar os esforços dos agentes envolvidos na campanha, bem como destacar o grave impacto da doença no Brasil, seus fatores de risco e suas potenciais complicações.
Diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-as em energia para manutenção das células do organismo. A doença crônica pode levar a cegueira, insuficiência renal e até amputação.
“O diabetes é a quarta causa de morte no Brasil, tendo também aumentado sua incidência de 2010 a 2016, ao registrar uma elevação de 12% nestes seis anos, chegando a 61.398 mortes, conforme apontam os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Some-se a essa situação geral a relevância da temática quando inserida no contexto específico da pandemia do coronavírus, a partir de 2020, que têm revelado uma situação ainda mais crítica para as pessoas com diabetes”, destaca Silveira no requerimento de realização da sessão especial (RQS 554/2022), aprovado em julho.
Desde 1991, a Federação Internacional de Diabetes e a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiram o dia 14 de novembro como “Dia Mundial do Diabetes”, e o azul como sua cor símbolo. No Brasil, a campanha começou em 2007, quando se instalaram iluminações em azul em pontos turísticos do país e nos eventos propostos pelas associações de diabetes. Contudo, um ano depois, em 2008, foi criada a campanha pelo câncer de próstata também em novembro, com a mesma cor do diabetes.
A temática do câncer de próstata acabou se sobrepondo ao Novembro Azul do diabetes por uma desarticulação das entidades representativas que trabalham com o tema, explica Silveira. Desde 2018, porém, há esforços contínuos de diálogo com o Congresso Nacional e com o próprio Ministério da Saúde para a reinstitucionalização da campanha, ressalta o senador.
Na avaliação de Silveira, o processo de reinserção é necessário uma vez que o diabetes tem sido frequentemente apontado como a próxima epidemia global. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, entre 1980 e 2014, a prevalência global do diabetes dobrou entre adultos acima de 18 anos. Mais recentemente, entre os anos de 2019 e 2021, houve registro de aumento de 16%.
“O caso brasileiro, por sua vez, infelizmente tem se destacado negativamente, havendo uma alta de 26% nos últimos dez anos. Em um ranking de países com o maior número de pessoas com diabetes, organizado com base nos dados da Federaçao Internacional do Diabetes (IDF, na sigla em ingês), o Brasil aparece em sexto lugar. Estima-se que a doença atinja mais de 16 milhões de brasileiros, isto é, 7% da população”, conclui Silveira em seu requerimento, subscrito pelos senadores Eduardo Gomes (PL-TO), Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN), Marcelo Castro (MDB-PI) e Marcos do Val (Podemos-ES).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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