Eliziane não vê motivos de comemoração no Dia Nacional da Liberdade de Imprensa

Da Rádio Senado | 08/06/2022, 20h39

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que os brasileiros têm muito pouco a comemorar no Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Ela mencionou os números “realmente preocupantes” existentes no Relatório de Violações à Liberdade de Expressão no Brasil, divulgado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que mostra que só no ano passado houve 145 casos de violência não letal contra profissionais da imprensa e veículos de comunicação. 

— O que nós temos, na verdade, de forma muito clara? Nós temos xingamentos, nós temos ameaças de morte, nós temos violência física e nós temos intimidações. E o que é muito mais grave ainda, não apenas na militância digital violenta que nós temos acompanhado de forma muito reiterada nas redes sociais, mas muitas das vezes protagonizadas pelo Chefe do Poder Executivo brasileiro, pelo Presidente da República — disse.

Em pronunciamento nesta quarta-feira (8), Eliziane denunciou as ameaças feitas a uma jornalista do site Congresso em Foco, que incluíam toda a sua família, “tentando intimidá-la pelo exercício da sua profissão, pelo exercício realmente do seu trabalho. Algo inaceitável, inadmissível", protestou.

 Destacando sua condição de jornalista, a senadora destacou que os profissionais da imprensa devem ter a sua proteção e a sua vida asseguradas em nome da democracia brasileira, que tem como um dos seus pilares a própria comunicação, a própria liberdade de expressão. 

Por último, Eliziane exigiu que o governo federal investigue e esclareça o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips, que sumiu no estado do Amazonas, em companhia do indigenista brasileiro Bruno Araújo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)