Senado vai lembrar vítimas do Holocausto nesta quinta
Da Agência Senado | 02/02/2022, 20h39 - ATUALIZADO EM 09/02/2022, 12h15
O Senado fará uma sessão especial nesta quinta-feira (10) para homenagear e relembrar as vítimas do Holocausto. Também será feita a cerimônia do Yom HaShoá, ou Dia da Lembrança do Holocausto. A sessão, que será feita de forma remota, está marcada para as 9h.
O requerimento para a sessão, aprovado no dia 2 deste mês, é do senador Jaques Wagner (PT-BA), com o apoio de outros 26 senadores. Ao requerer a homenagem, Wagner disse que “lembrar para jamais esquecer” tornou-se um mote dos movimentos em memória às vítimas do Holocausto. O Yom HaShoá é celebrado anualmente como dia de recordação de todas as vítimas.
No requerimento, o parlamentar argumenta que a iniciativa é necessária porque não só o Brasil, mas o mundo "passa por um estranho momento", em que a história vem sendo reescrita por movimentos extremistas de ideologias e políticas negacionistas.
— Essa é a hora que nós aqui do Senado vamos nos manifestar para que nunca mais aconteça Holocausto. Foram milhões de seres humanos assassinados nas câmaras de gás, sob a teoria da construção na raça pura. E, portanto, é sempre importante lembrar, para que isso não renasça nunca na cabeça de ninguém — reforçou o senador nesta quarta-feira (9).
O requerimento foi feito em acordo com a Embaixada de Israel no Brasil, que, segundo o senador, participará da sessão virtual. Wagner anunciou que presidirá a sessão especial no Senado.
Repúdio
Jaques Wagner considerou "deplorável" a declaração do apresentador Monark, apresentador do programa Flow Podcast, que defendeu a existência de um partido nazista legalizado no Brasil. O senador também destacou que a TV Jovem Pan demitiu o comentarista Adrilles Jorge por fazer um gesto que foi identificado como uma saudação nazista durante a edição de quarta-feira (9) do programa Opinião.
"O funcionamento de um partido cuja a base é a criação de uma raça pura, e foi responsável pela morte de milhões, não só de judeus, pois sou judeu, assim como de testemunhas de Jeová, ciganos, e homossexuais, durante o regime nazista que vingou na Europa, é lamentável", disse Wagner.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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