Otávio Brandelli é aprovado para representar Brasil na OEA

Da Agência Senado | 30/11/2021, 19h40

O Plenário do Senado aprovou a indicação de Otávio Brandelli para a chefia da representação brasileira na Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede  em Washington DC, capital dos EUA. Foram 59 votos a favor, 7 contrários e 1 abstenção. A MSF 14/2021 teve parecer favorável do senador Fernando Collor (Pros-AL).

Brandelli é formado em direito pela PUC-RS e ingressou no Itamaraty em 1991. Ao longo de sua carreira profissional, foi chefe da Divisão de Propriedade Intelectual e presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. De 2015 a 2019, ocupou diversos cargos no Mercosul, entre eles o de diretor do Departamento do Mercosul do Ministério das Relações Exteriores. Em 2019, foi nomeado secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores.

Durante sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE), em julho, Brandelli afirmou que o Brasil precisa regularizar suas obrigações financeiras com o órgão, que tem sofrido atrasos constantes. Também entende que o Brasil tem perdido oportunidades de fortalecer laços com dezenas de países da região, ao negligenciar recursos para a cooperação bilateral.

— Na Agência Brasileira de Cooperação tínhamos, em 2016, US$ 12 milhões para estas ações. Em 2021, temos US$ 6 milhões. Cooperação sem dinheiro, a gente pode ser muito criativo, mas não prospera — afirmou.

O relatório de Collor destaca a larga experiência do diplomata em negociações comerciais envolvendo nações do continente americano. Entre 2015 e 2019, por exemplo, Brandelli foi diretor do Departamento do Mercosul no Itamaraty, quando acumulou o cargo com diversas outras missões diretivas junto ao bloco sul-americano.

OEA

A Organização dos Estados Americanos é a mais antiga organização regional em atividade. A Carta da OEA foi aprovada, em Bogotá, em 1948, e entrou em vigor em 1951. A Organização tem por objetivo construir uma ordem de paz e de justiça no continente americano, promover a solidariedade e a cooperação mútua entre os Estados da região e defender a soberania, a integridade territorial e a independência de seus membros.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)