Girão cobra definição de data para depoimento do chefe da CGU, ministro Wagner Rosário

Da Rádio Senado | 13/07/2021, 17h03

Em pronunciamento, nesta terça-feira (13), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) cobrou que seja agendada pela CPI da Pandemia a vinda do ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, cujo convite já foi aprovado pela comissão. Segundo o senador, o ministro já expressou publicamente a disposição em comparecer e apresentar dados referentes ao relatório produzido pelo órgão sobre indícios de mau uso de verbas públicas originárias da União que foram repassadas a estados e municípios para o enfrentamento da pandemia.

De acordo com Girão, uma das informações constantes no relatório da CGU diz respeito à compra de respiradores feita pelo Consórcio Nordeste, e que nunca foram entregues. A denúncia foi repetida em várias sessões da CPI pelo senador.

O senador também considerou “arbitrária” a decisão do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), de solicitar perícia médica do Senado para avaliar o atestado apresentado pelo reverendo Amilton Gomes de Paula, que participou de negociações para venda de vacinas em nome do Ministério da Saúde. O depoimento estava previsto para esta quarta-feira (14), mas Amilton apresentou atestado, informando que não poderá comparecer, por causa de problemas renais.

Para o parlamentar, a atitude do presidente da CPI foi “equivocada e deselegante”, tendo em vista que outros depoentes também apresentaram alegações semelhantes, devido à pandemia da covid-19. Na opinião do senador, o reverendo é uma peça importante e precisa ser ouvido sobre a questão da vacina Covaxin, mas que decisões como esta geram desconfiança sobre as avaliações médicas.

 — Ou seja, o médico que deu o atestado a ele é colocado em suspeição. Nós não podemos mais confirmar nem nos médicos. Eu sei que eles estão sendo perseguidos no Brasil, especialmente aqueles especialistas renomados que defendem o tratamento preventivo ou precoce. Portanto, mais uma vez, nós vemos médicos sendo perseguidos com relação ao seu trabalho. O que o presidente da CPI deveria fazer era esperar dois ou três dias, até que o depoente melhorasse. Isso não iria fazer qualquer diferença — declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)