Site do Senado traz documentos sobre epidemias no país a partir de 1826
Da Comunicação Interna | 09/06/2020, 15h57
O Arquivo do Senado criou uma página na internet com documentos da atividade legislativa sobre endemias e epidemias que atingiram o Brasil nos últimos dois séculos. São propostas legislativas, pronunciamentos, diários e exposições de motivos produzidos a partir de 1826, no Império, até os dias atuais, com a pandemia da covid-19.
O documento mais antigo, de 1826, é um relato do Visconde de Nazareth, então senador, sobre a morte de 2 mil pessoas provocada pela peste da bexiga — como era chamada a varíola — em Santa Catarina. A página relaciona outras 30 doenças que mataram milhares de brasileiros desde então, como hanseníase, tuberculose, cólera, peste bubônica, difteria, malária, sífilis, gripe espanhola, poliomielite, doença de Chagas, meningite, aids, dengue, gripe aviária e covid-19.
Segundo a coordenadora do Arquivo do Senado Federal, Samanta Nascimento, o lançamento da página faz parte da Quarta Semana Nacional de Arquivos, iniciada nessa segunda-feira (8) e que segue até sexta-feira (12), para promover eventos e aproximar essas instituições responsáveis por arquivos da população. A iniciativa é capitaneada pelo Arquivo Nacional.
O site apresenta uma linha do tempo com o ano em que cada doença foi mencionada pela primeira vez nos debates no Senado. No link “Epidemias anteriores à covid-19”, é possível acessar uma planilha que relaciona todos os documentos legislativos relacionados às epidemias de 1826 a 2020. Uma segunda planilha apresenta as iniciativas em relação ao combate do novo coronavírus. A página mostra ainda documentos digitalizados do Império sobre cólera, febre amarela, hanseníase e varíola. Todas as referências têm links para documentos.
Oferta de documentos
O Arquivo do Senado se junta aos esforços do Senado no combate à covid-19, que estão registradas em um site especial. A iniciativa foi motivada também, afirma a coordenadora, pela inserção do Arquivo do Senado no mapa-mundi do Conselho Internacional de Arquivos (ICA) que mostra as instituições responsáveis pela guarda de documentos disponíveis para acesso durante a quarentena.
— Sentimos a necessidade de publicar algo especial, que conversasse com o momento em que vivemos. No início da pandemia no Brasil, recebemos pedidos sobre os documentos relacionados à gripe espanhola e vimos a oportunidade de fornecer ao público tudo o que temos sobre doenças que o Brasil já enfrentou e como o Senado atuou nessas situações — explicou Samanta.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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