Otto aciona CPI Mista das Fake News contra calúnias e tem apoio de senadores

Da Redação | 22/04/2020, 21h49

Otto Alencar (PSD-BA) se pronunciou durante sessão virtual do Plenário, nesta quarta-feira (22), para agradecer à solidariedade recebida de vários senadores em relação às notícias falsas que circularam nesta semana nas redes sociais envolvendo o seu nome. O senador afirma que foi vítima de calúnias na internet atribuindo a ele — e ao deputado federal Otto Alencar Filho (PSD-BA) — sociedade na gestão do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), o que deixaria o comando da saúde da Bahia nas mãos da sua família.

O senador nega ainda que tenha participado da licitação para a reabertura do Hospital Espanhol, em Salvador, ou obtido proveito com recursos públicos, como sugerem as informações repassadas na internet.

— Quero deixar claro aqui o meu agradecimento à solidariedade que recebi dos colegas nessa questão que hoje atinge todos nós, que é a questão de fake news, de mentiras, calúnias que se colocam nas redes sociais — afirmou.  

Além de acionar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os ataques cibernéticos — a chamada CPI Mista das Fake News — para identificar os responsáveis, Otto também informou sobre a abertura de inquérito para investigar as notícias falsas, além de processos civil e criminal contra os infratores. O senador ainda propôs uma legislação mais rigorosa contra esse tipo de crime.  

— Nós temos que aprovar uma matéria, inclusive, com mais rigor para punir essas pessoas que, de forma covarde, se escondem atrás de um computador, ou contratam, como fizeram, um site lá na Califórnia, para, a partir daí, agredir, sem nenhuma razão e sem nenhuma prova, as pessoas, de forma muito injusta — ressaltou o senador.

Notícias falsas

Otto Alencar recebeu o apoio de vários senadores que também condenaram o uso de notícias falsas para o ataque perpetrado na internet.    

— Sem dúvida nenhuma, a praga do século, fora essa questão da covid-19, é a questão das fake news. Ela realmente destrói reputação e acaba com vidas. Mas, sua história é muito maior do que essa gente que acha que vai conseguir denegrir indo lá para fora para montar sites. O povo da Bahia o conhece, o Senado também. Siga firme! — defendeu o senador Weverton (PDT-MA).

Os senadores Alvaro Dias (Podemos-PR), Leila Barros (PSB-DF) e Rogério Carvalho (PT-SE) destacaram igualmente a trajetória política de Otto Alencar. Já o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) afirmou tabmbém ser alvo de notícias falsas na internet.

— Eu sou vítima de fake news há muitos anos e nada disso impediu que a gente conseguisse ter uma vitória brilhante em Roraima, mesmo contra a máquina de fake news que parece que foi criada no estado — relatou.

Para o senador Major Olímpio (PSL-SP), o trabalho da CPI Mista das Fake News deve colaborar para o fim dessa prática de “linchamento virtual”.

— Minha esperança é de que ajude realmente a encontrar vagabundos, safados, bandidos que ficam dilapidando a história e a moral das pessoas — declarou.    

CPMI

Nesta quarta-feira, a Presidência do Senado atendeu à questão de ordem do senador Ângelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPI Mista das Fake News, e interrompeu o prazo para encerramento dos trabalhos da comissão. Esse prazo, agora, volta a contar quando o Congresso Nacional retomar a normalidade de suas atividades.

Quando os trabalhos presenciais foram interrompidos, em 20 de março, ainda restavam 24 dias para o encerramento do prazo original da comissão (13 de abril), e essa interrupção atinge esse período inicial. Como houve a prorrogação por 180 dias, quando as atividades forem retomadas o prazo que estará contando ainda será o original, e quando ele expirar, começará, então, a contar a prorrogação.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)