Votação virtual é um marco, mas não deve ser regra, defende Simone Tebet

Da Redação | 20/03/2020, 19h04

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) parabenizou o Senado, em pronunciamento nesta sexta-feira (20), pela realização da sessão remota inédita para a aprovação do projeto que reconhece o estado de calamidade pública em razão da pandemia de coronavírus (PDL 88/2020).

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone ressaltou a eficiência da votação virtual, mas alertou os demais senadores para o fato de que sessões como essa são mais demoradas e, portanto, devem ser exceção, como define ato da Mesa Diretora que instituiu a nova modalidade. A senadora também defendeu que, assim como os outros profissionais estão trabalhando, o Parlamento deve retomar as sessões presenciais, adotando todas as medidas de precaução para evitar o contágio pela epidemia.

 — É uma ferramenta que veio para ficar, mas ela não pode ser a única via para que possamos dar respostas imediatas do Congresso Nacional ao país. É fundamental que, se todos os nossos exames derem negativo, o que vai garantir a segurança dos nossos servidores que usam transporte público, dos que se encontram em idade de risco e também dos senadores que não podem estar presentes, pelo menos alguns de nós possamos estar de plantão. E nas matérias polêmicas, de forma possível e dentro da segurança, possamos votar presencialmente — ressaltou.

Simone disse ainda que no momento a prioridade deve ser o combate à pandemia do coronavírus e pediu ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que retire o projeto que regulamenta o orçamento impositivo (PLN 4/2020). Segundo ela, o valor que seria destinado às emendas do Congresso deve ser utilizado para “investir imediatamente em saúde pública e em segurança, para se combater a pandemia”.

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)