Comissão de Infraestrutura debate geração de energia por fontes renováveis

Da Redação | 24/10/2019, 18h04

A Comissão de Infraestrutura (CI) realiza na quinta-feira (31) audiência pública interativa para debater a possibilidade de geração, distribuição e taxação no setor solar fotovoltaico e demais fontes renováveis de energia. A reunião tem início às 9h na sala 13 da ala Alexandre Costa.

Para o debate foram convidados o diretor de Operação do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Sinval Zaidan Gama; o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Lopes Sauaia; o diretor regional da Associação Brasileira de Geração Distribuída de Minas Gerais, Walter Abreu; o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Marcos Aurélio Madureira; e representantes do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A iniciativa é do senador Carlos Viana (PSD-MG). Ele observa que a busca por novos tipos de energia limpa, renovável e sustentável cresce a cada ano, com o objetivo de oferecer formas de consumo que não agridam o meio ambiente ou agravem o efeito estufa, que tem sido um grande problema global. Viana lembra que quase metade da energia usada em território brasileiro vem de fontes renováveis, muito acima da média mundial. Na eletricidade, o país tem cerca de 80% da sua potência produzida de forma limpa pela força das águas, vento e sol. Com o crescimento das usinas eólicas e solares fotovoltaicas, a perspectiva é de aumento nesse percentual.

Expansão

Dados da Aneel indicam que, até 2030, o Brasil pode investir até R$ 100 bilhões em energia solar, o que representa cerca de 25% das matrizes de energia de todo o país. O potencial para expansão do setor é gigantesco, baseado na medição da irradiação solar do país, ou insolação, que só perde para a Austrália. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o território brasileiro recebe mais de 2.200 horas anuais de insolação, o que equivale a 15 trilhões de megawatts.

“A energia solar parecia pronta para decolar no Brasil com a instalação de grandes usinas geradoras, mas esse processo está mais complicado do que parecia. Problemas como pesada carga tributária, falta de interesse e incentivo do governo, dificuldades de integração da geração com a distribuição e altos custos por causa da importação de componentes são apenas alguns pontos que retardam o crescimento deste setor”, ressalta Carlos Viana.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)