Política de desvalorização do salário mínimo aumentará pobreza, alerta Paim
Da Redação | 18/09/2019, 16h28
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta quarta-feira (18), em Plenário, o governo federal por, a cada dia, acabar com a política do salário mínimo, atualmente fixado em R$ 998,00. Na sua opinião, deixar o salário mínimo sem reajustes terá consequências drásticas à economia do Brasil, além de agravar ainda mais a situação da população de baixa renda.
De acordo com o senador, o Executivo federal já iniciou, na prática, a política de desvalorização do salário mínimo ao extinguir a correção automática do valor pela inflação mais o produto interno bruto (PIB), o que era fixado por lei até 2019. Agora, continuou Paim, ao anunciar o congelamento do valor do salário mínimo por dois anos, além de violar a Constituição que garante a manutenção do poder de compra do salário básico da sociedade, seria desastroso também para o resto da economia nacional.
— É bom lembrar ao governo, que, para cada R$ 1,00 a menos no salário mínimo, ele próprio perde de arrecadar R$ 0,54 em tributos. Onde vamos chegar? Na miséria total da população? Na fome coletiva? Em mais desemprego? Se não existe poder de compra, o empregador não vai produzir estoques para guardar na prateleira. Ele tem de ter para quem vender. Além disso, o salário mínimo não só é termômetro, como é parâmetro também para os outros salários — alertou o senador, calculando que, levando em conta também os benefícios previdenciários, cerca de 100 milhões de brasileiros dependem do salário mínimo.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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