Inclusão de senadores da Amazônia adia para quarta instalação de comissão

Da Redação | 27/08/2019, 20h46

Líderes partidários terão 24 horas para fazer substituições nos nomes indicados para compor a Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC). A comissão seria instalada nesta terça-feira (27), mas em razão das substituições foi adiada para quarta-feira (28), ainda sem horário definido. O anúncio foi feito em plenário pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

De acordo com o presidente, havia a intenção de alguns parlamentares de criar novas comissões para tratar das queimadas da Amazônia. Ele, no entanto, havia feito um apelo para que a questão fosse tratada pela CMMC, que já tem relação com o tema. Nas últimas semanas, os líderes concluíram as indicações de nomes para compor a comissão, mas nesta terça-feira houve pedidos de substituição, já que muitos indicados não eram ligados à região amazônica.

— Eu decidi suspender a reunião [de instalação da CMMC] e estou aguardando os partidos e os blocos indicarem os novos representantes da comissão, que eu acho que é o fórum adequado para discutir questões relacionadas a esse assunto específico neste momento que estamos vivendo — explicou o presidente.

A senadora Rose de Freitas (Pode-ES) disse acreditar que mais importante que a questão regional é a assiduidade, já que em outras legislaturas havia dificuldade para completar o quórum nas reuniões. Ela demonstrou interesse de fazer parte do colegiado.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu a instalação de uma CPI para investigar as razões que levaram ao aumento da incidência queimadas na Amazônia.

Ele lembrou a denúncia publicada pela revista Globo Rural de que produtores rurais, grileiros, sindicalistas e comerciantes teriam articulado por um aplicativo de mensagens o chamado “dia do fogo”, que provocou o recorde de queimadas em Novo Progresso e Altamira, no Pará.

O líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que não há fato determinado para justificar a instalação de uma CPI. Para ele, o momento é de somar esforços para combater os focos de incêndio e reafirmar a soberania nacional.

— Não quero minimizar. Isso serve como um alerta. De fato, temos que empreender ações para evitar o desmatamento, temos que unir os esforços da União e dos estados para combater os focos de incêndio. Mas não podemos aceitar a forma sensacionalista como esse tema foi explorado — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)