CPI de Brumadinho ouve mais três executivos da Vale e vota pedido de acareação

Da Redação | 16/05/2019, 15h52

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho ouve na terça-feira (21), a partir das 13h, os depoimentos de dois executivos e um ex-diretor da empresa Vale. Além disso, os senadores que integram o colegiado vão votar o requerimento que pede acareação entre ex e atuais funcionários da mineradora.

Vão prestar depoimentos o diretor-executivo de Finanças e Relação com Investidores, Luciano Pires, e o gerente-executivo de Geotecnia Operacional, Joaquim Pedro de Toledo. Também vai falar o ex-diretor de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão Lúcio Cavalli.

A CPI investiga causas e responsabilidades da tragédia ocorrida no ano passado com o rompimento de uma barragem de resíduos sólidos, na Mina Córrego do Feijão em Brumadinho (MG), que matou 300 pessoas e destruiu o Rio Paraopeba. A comissão é composta por 11 senadores titulares e sete suplentes e tem que finalizar seus trabalhos até 10 de julho. A presidente da CPI é a senadora Rose de Freitas (Pode-ES), o vice-presidente é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o relator é o senador Carlos Viana (PSD-MG). A reunião vai ser na sala 3 da Ala Alexandre Costa, no anexo 2 do Senado Federal.

Acareação

Após as três oitivas será votado o requerimento do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) que pede acareação (reunião em que depoentes são confrontados entre si) com o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman, os ex-diretores Silmar Silva e Gerd Poppinga, os atuais gerentes-executivos Joaquim Pedro de Toledo e Rodrigo de Melo e o ex-funcionário da empresa Felipe Rocha.

De acordo com Kajuru, Felipe Rocha disse, ao depor anteriormente à CPI, que relatórios sobre barragens em zona de atenção foram encaminhados ao alto escalão da Vale antes da tragédia. No entanto, afirma o senador, vários ex e atuais funcionários da Vale já afirmaram à CPI não ter qualquer conhecimento de eventual risco que poderia ser oferecido pela Mina Córrego do Feijão. Para ele, há clara contradição nas histórias.

“Isso exige, para maior esclarecimento por parte dos membros da CPI, que se faça uma acareação. Acreditamos que desse confronto verbal serão extraídos elementos favoráveis à melhor compreensão dos fatos que precederam o rompimento da barragem em Brumadinho”, diz Kajuru no requerimento.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)