Aprovada na CAE a programação monetária para o 1º trimestre
Da Redação | 26/03/2019, 11h48
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (26), parecer favorável à programação monetária do Banco Central para o primeiro trimestre de 2019. A mensagem (MSF) 1/2019 analisa as perspectivas e sugere metas para evolução da economia brasileira nos primeiros meses do ano, alerta para o alto nível de ociosidade dos fatores de produção, condiciona a retomada gradual da atividade econômica à aprovação das reformas e alerta para possíveis problemas com a inflação. O projeto de decreto legislativo que integra o parecer aprovado segue para votação em Plenário.
O texto elaborado pelo Banco Central frisa que, para a economia retomar um crescimento consistente, além da aprovação das reformas de natureza fiscal (como a da Previdência), são necessários ajustes, iniciativas que busquem aumento de produtividade, ganhos de eficiência, mais flexibilidade na economia e melhoria no ambiente de negócios. No cenário externo, o principal risco é de normalização das taxas de juros em economias avançadas, o que leva a incertezas sobre o comércio global (como retirada de investimentos das economias em desenvolvimento, por exemplo).
Quanto à inflação, há fatores de risco que podem levá-la tanto para o patamar inferior quanto ao superior da meta estimada para o ano, de 4,25%. “De um lado, o alto nível de ociosidade pode levar a trajetória de inflação para abaixo das metas para a inflação. Por outro, se as expectativas de reformas necessárias para a economia brasileira forem frustradas, a trajetória de inflação pode subir acima do esperado", afirma o documento.
Diante desse quadro, o Banco Central entende que deve ser realizada uma política monetária estimulativa — com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Desse modo, está incorporando em sua análise a evolução da atividade econômica, o balanço de riscos relevantes e as projeções e expectativas de inflação.
Também foram aprovados pareceres favoráveis às programações monetárias para o terceiro e o quarto trimestres de 2018 (MSF 68/2018 e 93/2018, respectivamente), ambas destacando o alto nível de ociosidade dos fatores de produção, a retomada gradual da atividade econômica, os baixos níveis de inflação, o cenário externo desafiador e a frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira. As três mensagens foram apresentadas pelo relator substituto, senador Plínio Valério (PSDB-AM).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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