Confúcio critica condições de ensino no Brasil e pede mais apoio aos professores

Da Redação | 25/03/2019, 17h45

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) criticou nesta segunda-feira (25) as condições do ensino no Brasil e a atuação dos sindicatos, que segundo ele estimulam greves em vez de ajudar os professores, orientá-los, oferecer-lhes apoio na área da saúde e fiscalizar a qualidade da educação das crianças.

— Os professores enfrentam uma imensa carga de trabalho, às vezes com 40 horas num contrato no estado e 20 horas no município, sem contar eventuais aulas no sábado em escolas particulares. Diante de todas as dificuldades, surge o trabalho dos sindicatos, que basicamente centram fogo no dinheiro e no convencimento dos professores para as greves, na baixa produtividade, aproveitando essas fraquezas para a conclamação ao grevismo.

O senador homenageou em seu discurso os dez professores escolhidos como os melhores do mundo pela Fundação Varkey, como sede em Londres. Entre eles está a professora brasileira Débora Garofalo, da Escola Ary Parreiras, de São Paulo. O prêmio principal, de US$ 1 milhão, denominado Global Teacher Prize, foi concedido ao professor Peter Tabichi, do Quênia. O evento de premiação foi realizado no domingo (24), em Dubai, nos Emirados Árabes.

— Não se pode politizar a educação. A nova política, tão falada hoje, deve começar pela escola. Não se pode indicar diretor de escola por vereador, deputado, governador ou prefeito. A escola necessita de formação de lideranças escolares sempre, como se faz no Banco do Brasil, nas Forças Armadas, na diplomacia brasileira, nas Policias Militares. Sempre há promoções, cursos, cursos de cabo, cursos de sargento, cursos disso, curso daquilo. Já na educação, não há — afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)