Hélio José diz que desigualdades entre brancos e afrodescendentes alimenta o racismo no país
Da Redação e Da Rádio Senado | 20/11/2018, 16h42
No Dia da Consciência Negra, o senador Hélio José (Pros-DF), lamentou que a desigualdade existente entre brancos, pretos e pardos alimenta o racismo no Brasil.
Na opinião do senador, são diferenças significativas que somente serão reduzidas com a adoção de políticas públicas, a exemplo das cotas nas universidades públicas e nos concursos públicos. Em um país em que mais da metade da população se autodeclara preta ou parda, os rendimentos dos brancos são quase o dobro do que recebem os negros, disse Hélio José.
Além disso, entre os pardos, a taxa de desocupação, ao final do ano passado, era de 14%, enquanto que entre os que se autodeclaram brancos era de menos de 10%, acrescentou o senador.
Quando se avaliam os números relativos à violência, a situação continua a mesma, informou o parlamentar. Três de cada quatro mortos de forma violenta no país são afrodescendentes, de acordo com o Atlas da Violência de 2017.
— Da mesma maneira, as mulheres negras são as maiores vítimas da violência doméstica. Para se ter uma ideia, nos últimos dez anos, enquanto os feminicídios caíram 8% entre as mulheres brancas, esse saltou 15,4% entre as mulheres negras, mesmo com a implementação da Lei Maria da Penha. A vulnerabilidade social dos negros brasileiros também pode ser corroborada pela composição étnico-racial dos presídios do país. 64% dos detentos se autodeclararam pretos ou pardos — explicou o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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