Museu promove exposição sobre os 130 anos da abolição da escravatura

Da Redação | 20/08/2018, 15h30

A exposição Os 130 anos da Abolição da Escravatura e as Discussões no Senado está aberta para visitação no Salão Negro do Congresso Nacional até 25 de setembro. Com documentos e informações, a exibição narra aquele período da história do país, destacando as discussões realizadas por senadores da época.

A mostra relata como era organizada a estrutura escravocrata do Brasil. São apresentados números e registros, ilustrando de que forma a repressão dos costumes e a exploração de homens, mulheres e crianças negras eram exercidas pelos senhores de escravos.

Os painéis expostos divulgam debates entre senadores da época, para mostrar como o tema era abordado. Alguns pronunciamentos de parlamentares estão disponíveis, evidenciando que os discursos sobre o assunto eram intensos no período, tanto por parte daqueles que apoiavam a continuidade da escravidão quanto dos abolicionistas.

Figuras populares importantes também estão representadas na mostra, como Francisco José do Nascimento, conhecido como Dragão do Mar. Nascimento foi um personagem de destaque no movimento abolicionista cearense, um dos maiores grupos de luta pelo fim da escravidão no país. A província do Ceará foi a primeira a abolir a escravatura no território brasileiro.

Deficiência visual

A exposição oferece algumas inovações. Entre elas, uma visita guiada para pessoas com deficiência visual, com descrição do ambiente e acesso a textos e legendas em braile. Além disso, alguns objetos se encontram disponíveis ao toque. Livretos em braile com informações sobre a exposição também são oferecidos.

O mobiliário do plenário vindo do Palácio Monroe (que sediou o Senado entre 1925 e 1960, no Rio de Janeiro) está montado com a exposição. As peças trazem ao visitante uma ideia de como era a estrutura de um plenário na época da abolição, buscando uma ambientação semelhante à do Palácio do Conde dos Arcos, antiga sede do Senado onde foi assinada a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.

A curadoria coletiva, de responsabilidade do Serviço de Museu do Senado (Semus), é de Alan Silva, Betânia Guedes e Laís Amorim.

Os agendamentos de visitação para grupos pode ser feitos aqui.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)