Grupo parlamentar de amizade Brasil-Coreia do Norte é efetivado

Da Redação | 07/06/2018, 17h34

Durante reunião nesta quinta-feira (7) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), foi instalado o grupo parlamentar de amizade Brasil-Coreia do Norte. Formado por senadores e deputados, o grupo brasileiro terá um grupo correspondente a ser formado pela Assembleia Popular Suprema da nação asiática.

Na parte do Brasil, o grupo é presidido por Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), tendo como vices o presidente da CRE, senador Fernando Collor (PTC-AL), e o senador Pedro Chaves (PRB-MS). Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do Senado e do Congresso Nacional, é o presidente de honra do grupo.

Segundo afirmou o presidente da CRE, Fernando Collor, o grupo é o primeiro fruto da diplomacia parlamentar empreendida por ele e Chaves no final de abril, quando visitaram oficialmente a Coreia do Norte. Para Collor, o Brasil deve se engajar neste "momento histórico" de reaproximação das Coreias e o grupo parlamentar de amizade terá este foco.

Reaproximação

A viagem dos senadores Collor e Pedro Chaves coincidiu com o período de reaproximação e o encontro histórico das lideranças das duas Coreias, que teve como marco a Declaração de Panmunjon, assinada em 27 de abril por Kim Jong-un (líder norte-coreano) e Moon Jae-in (presidente sul-coreano).

O senador destacou ainda que os esforços de reaproximação das Coreias e a proposta de negociações visando uma futura desnuclearização da península nasceram de iniciativas tomadas por Kim Jong-un. Indagado pela senadora Ana Amélia (PP-RS) sobre a "sinceridade" destas iniciativas, Collor disse que, com base nas reuniões que manteve com autoridades norte-coreanas, o país está de fato engajado em inaugurar uma nova era.

— A própria Declaração de Panmunjon foi feita de forma a não se abrir margem para dubiedades ou interpretações subjacentes. É um texto direto, explícito, com uma filosofia bem clara. E este compromisso já vem sendo confirmado por ações efetivas tomadas desde então, como a destruição de um centro de testes nucleares e o próprio encontro entre Kim Jong-un e Donald Trump, confirmado para a semana que vem — finalizou Collor.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)