Embrapa faz 45 anos e deve se aproximar dos excluídos, defende Regina Sousa

Da Redação | 26/04/2018, 13h55

Ao lembrar os 45 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), comemorados nesta quinta-feira (26), a senadora Regina Sousa (PT-PI) disse em Plenário que a empresa é um patrimônio do povo brasileiros, uma referência mundial e precisa estar cada vez mais voltada aos interesses de segmentos historicamente excluídos no campo e na cidade.

A senadora lembrou que a Embrapa não é apenas aliada do agronegócio, mas realiza pesquisas relevantes e repassa conhecimento e inovações que tornam mais eficiente e menos penoso o trabalho do pequeno agricultor.

Regina Sousa, no entanto, chamou atenção para a atuação da atual diretoria, que, segundo ela, tem trabalhado com a intenção de criar uma subsidiária, a Embrapa TEC, que servirá de instrumento para beneficiar somente o agronegócio:

- O problema agora é que a diretoria resolveu radicalizar em sua lógica neoliberal e está trabalhando numa reestruturação respaldada pela Emenda do Teto de Gastos e pela reforma trabalhista. Não satisfeita, ainda está tentando criar um braço comercial, a subsidiária EmbrapaTec, que será o instrumento para viabilizar a implementação da lógica privatista em relação à geração do conhecimento em favor exclusivo do agronegócio e das grandes transnacionais do sistema agroalimentar - afirmou.

Depois de relatar a perseguição da direção a um pesquisador e sindicalista da empresa, Regina disse que é preciso defender e reconstruir o projeto "de uma Embrapa pública, que contribua para um Brasil justo, igualitário e sem fome".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)