Senadores fazem minuto de silêncio em homenagem a Marielle e Anderson

Da Redação | 15/03/2018, 11h38

Os senadores que participaram da sessão plenária desta quinta-feira (15) fizeram um minuto de silêncio em homenagem à vereadora Marielle Franco e ao seu motorista, Anderson Pedro Gomes, executados na noite de quarta-feira (14), no Rio de Janeiro. Primeiro a comentar a tragédia, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) lamentou que Marielle, uma lutadora em defesa dos vulneráveis, jovens negros moradores da favela, tenha sido a mais recente vítima da guerra instaurada no estado.

- Eles são vítimas de uma guerra, morrem assassinados pelas milícias, pelo tráfico e, infelizmente, pela polícia também - afirmou.

Na opinião de Lindbergh, Marielle morreu porque defendia os seus, falava da vida nas favelas e denunciava o que estava acontecendo de errado, mostrava que a vida de um jovem negro morador da favela hoje vale pouco. O senador conclamou os jovens a não se deixarem abater, e a não temerem a defesa da bandeira das minorias.

- A dor é muito grande. É um atentado à democracia, eles não têm medo. Estou muito abalado, porque sei o que Marielle representava.

Marielle era socióloga, nascida e criada no complexo de favelas da Maré e trabalhou com o deputado estadual Marcelo Freixo. Foi a quinta vereadora mais votada no Rio de Janeiro em 2016.

Na presidência dos trabalhos, o senador Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) expôs o pesar e ofertou a solidariedade do Senado Federal às famílias pela tragédia. Na opinião do senador, foi um caso de execução, e a investigação precisa ser feita com todo o rigor.

- É uma exigência do Senado Federal para que tenhamos uma apuração e investigação rigorosas, e que os responsáveis sejam punidos de forma exemplar.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)