Ana Amélia critica empréstimos do BNDES a Cuba e Venezuela

Da Redação e Da Rádio Senado | 25/09/2017, 15h27

A senadora Ana Amélia (PP-RS) criticou nesta segunda-feira em Plenário os empréstimos do BNDES para projetos em Cuba e na Venezuela. Ela salientou que os financiamentos para Cuba chegaram a US$ 1,34 bilhão, incluindo empréstimos do BNDES e do Banco do Brasil.

Ana Amélia observou que a Venezuela caminha para um calote de US$ 5 bilhões. Nos dois casos, afirmou, os empréstimos foram feitos por afinidade ideológica pelos governos de Lula e de Dilma, ignorando requisitos técnicos. E agora é o Tesouro Nacional quem pagará a conta.

Ela citou o caso do Porto de Mariel, em Cuba.

— Apesar das restrições técnicas, dos técnicos do BNDES, o Brasil aceitou as garantias de Cuba. Inaugurado em 2014 por Dilma [então presidente da República] e Raul Castro [presidente cubano], o porto teve um início promissor. Mas hoje opera com 40% da sua capacidade. Ou seja, esse mico e esse calote será pago pelos brasileiros — declarou.

Angela Merkel

Ana Amélia também aplaudiu a vitória da chanceler Angela Merkel nas eleições da Alemanha. Segundo a senadora, o sucesso da chefe de governo alemã se deve ao fato de ela tratar a economia com responsabilidade.

Para Ana Amélia, se a ex-presidente Dilma Rousseff tivesse este mesmo rigor com os gastos públicos, transparência e responsabilidade, ela ainda estaria no cargo de presidente do Brasil, mantendo uma boa relação com o Congresso.

— A economia, a matemática, não têm ideologia. A matemática é uma ciência e é uma ciência exata — afirmou a senadora, criticando a falta de controle das contas públicas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)