Superintendente do BNDES: banco não tem preferência por empresas específicas

Da Redação | 20/09/2017, 18h49

A superintendente da Área de Controladoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Vânia Maria Borgerth, afirmou que o banco não tem preferência por uma empresa em relação a outra e negou que a instituição priorize grandes grupos empresariais. A afirmação foi feita durante audiência pública promovida pela CPI do BNDES na tarde desta quarta-feira (20),

Vânia Borgerth lembrou o apoio do banco à internacionalização do grupo JBS – um dos focos da CPI. Ela fez questão de apontar, porém, que a empresa dos irmãos Batista não é a única a buscar esse tipo de financiamento. Segundo Vânia Borgerth, há outras empresas igualmente importantes que também se beneficiaram da mesma linha de apoio. Ela informou que, de 50 grandes empresas brasileiras, 14 receberam apoio do BNDES no processo de internacionalização de suas marcas. Vânia Borgerth fez questão de destacar o compromisso ético do banco e disse acreditar na capacidade dos servidores da instituição.

- Como todo mundo, estou esperando o relatório final. Mas os indícios apontam a ausência de qualquer equívoco cometido dentro do BNDES – afirmou, em referência às suspeitas de irregularidades na concessão de financiamentos.

A superintendente também detalhou os processos de decisão do banco, sempre com base em colegiados, e explicou as fontes de recursos do BNDES. Ela disse que a principal fonte de recursos do banco é o retorno conseguido com suas próprias operações, com os contratos de financiamento. Em 2016, cerca de 86% dos recursos vieram das próprias operações do BNDES.

Transparência

Conforme informou a superintendente, o compromisso com a transparência é algo muito importante no BNDES. Ela disse trabalhar com processos de transparência no banco desde 1999. Desde 2006, o BNDES vem implementando tendências mundiais de transparência. Segundo Vânia Borgerth, o banco está bastante à frente do que é disponibilizado por outros bancos de desenvolvimento ao redor do mundo. Ela acrescentou que o BNDES não se opõe à definição de mandato para o presidente do banco e nem às propostas que estabelecem sabatinas para seus diretores.

Vânia Borgerth disse ainda que toda a ajuda de outros órgãos do governo sobre questões de segurança e transparência são bem recebidas e implementadas conforme a realidade do banco. De acordo com a superintendente, o BNDES segue regras de governança do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Ministério do Planejamento, além de buscar orientações com o Tribunal de Contas da União (TCU).

- O BNDES em nenhum momento está dizendo que todos os nossos processos são perfeitos. O que nos interessa é ter um processo seguro e confiável.  O BNDES está atento e aberto a prestar contas para a sociedade brasileira – declarou a superintendente.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)