Empresas públicas também devem obedecer a teto remuneratório, defende Dário Berger
Da Redação | 06/09/2017, 14h34
Em discurso nesta quarta-feira (6), o senador Dário Berger (PMDB-SC) pediu a aprovação rápida de proposta sua que impõe o mesmo teto salarial do servidor público à remuneração paga por empresas públicas e sociedades de economia mista. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 58/2016 aguarda relatório do senador Acir Gurgacz (PDR-RO) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Berger citou auditoria em curso no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os salários pagos por mais de 100 empresas públicas, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica, Eletrobrás, Eletronorte, Furnas e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos seus presidentes e diretores. Para ele, existe um descompasso nos valores pagos, com dirigentes que chegam a receber mais de R$ 100 mil por mês.
O senador revelou ainda que o BNDES chegou a pagar, nos últimos anos, R$ 978 milhões a seus funcionários a título de “distribuição de lucros”, sendo que recebe repasses do Tesouro Nacional. Além disso, os diretores dessas entidades costumam ser membros de diversos outros conselhos, com participações remuneradas, somando montantes que se tornam “um deboche ao povo brasileiro, sobretudo quando o Brasil vive sua pior crise”.
— É inaceitável que as empresas públicas e sociedades de economia mista, muitas detentoras de monopólio e beneficiadas por repasses do tesouro, tenham uma política salarial diferente do resto dos servidores públicos do país — afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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