Collor representa Senado em ato de encerramento da Missão de Paz no Haiti

Da Redação | 04/09/2017, 14h21

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional  (CRE), senador Fernando Collor (PTC-AL) participou, na noite de quinta-feira (31), em Porto Príncipe, da cerimônia que celebrou o sucesso da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), liderada por militares das Forças Armadas do Brasil. A solenidade teve a presença do ministro da Defesa Raul Jungmann e da deputada federal Bruna Furlan (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Collor viajou em atendimento à designação feita pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira.

O ato marcou também a conclusão da missão brasileira no país, após 13 anos. Collor ressaltou que neste período os militares deslocados de vários estados do Brasil para a Missão de Paz enfrentaram terremotos, furacões, graves crises sociais e políticas. Durante a visita, ele parabenizou os que contribuíram para o sucesso da estabilização do Haiti, ao mesmo tempo que fez uma homenagem aos 25 militares que morreram durante o período.

O trabalho da médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, que morreu aos 75 anos, em 2010, durante um terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, onde estava em missão humanitária para introduzir o trabalho da Pastoral da Criança, também foi lembrado pelo senador. Ele propôs e a Comissão Diretora do Senado aprovou, em abril deste ano, a criação da Comenda Zilda Arns para homenagear pessoas ou instituições que desenvolvam, no Brasil, ações e atividades destinadas à proteção da criança e do adolescente.

Entre palavras de reconhecimento das autoridades ao trabalho dos militares brasileiros, também ficou marcado o sentimento de satisfação dos capacetes azuis pelo dever cumprido.

– Nós tínhamos três verbos impositivos na missão: cooperar, contribuir e realizar. Contribuir para a estabilização desse país amigo, cooperar em ações humanitárias e também realizar operações para que os dois verbos anteriores fossem concretizados. Cumprimos a missão. Por isso, os brasileiros estão em festa, o Brasil está em festa. Esses militares que estiveram no pátio hoje escreveram a história deles, mas também escreveram a história do Exército Brasileiro - declarou o comandante Militar do Sudeste, General de Exército João Camilo Pires de Campos.

O ministro da Defesa Raul Jungmann agradeceu aos militares das Forças Armadas que participaram da missão, relacionando o trabalho dos brasileiros com a concretização dos objetivos da criação das Nações Unidas, de defesa da vida em todo o mundo, e com o reconhecimento internacional ao Brasil.

– Soldados, provedores da paz: os senhores ergueram o nome do Brasil a um novo patamar, elevaram o reconhecimento que a todos nós muito orgulha - reforçou o ministro.

Desde 2004, cerca de 37.500 militares das Forças Armadas do Brasil dedicaram-se a promover a paz e a estabilidade no país mais pobre das Américas. No dia 15 de outubro, a Minustah encerrará suas atividades. Em seguida, será ativada a Minujusth, uma nova missão das Nações Unidas pelo apoio à Justiça no Haiti. O foco da iniciativa será dar suporte às instituições haitianas, especialmente na formação de policiais.

– Os capacetes azuis brasileiros serviram na Minustah desde o início da sua implantação. Eles desempenharam um papel crítico na missão ao longo dos anos, durante os quais foram feitos progressos importantes na estabilização da situação no Haiti. As Nações Unidas e o povo haitiano são muito gratos pelo papel central que o Brasil desempenhou nos esforços para criar a estabilidade duradoura aqui, juntamente com as tropas de um total de 24 países - afirmou a representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas e Chefe da Minustah, Sandra Honoré.

Ao longo de toda a duração da Minustah, além de ser o maior país contribuinte com tropa, o Brasil sempre teve um oficial-general como chefe do componente militar da missão. Atualmente, a função é desempenhada pelo General de Divisão Ajax Porto Pinheiro. Durante a formatura, ele destacou a atuação brasileira na área de segurança, no apoio à população nos desastres naturais e à realização de eleições.

O 26º e último contingente brasileiro é composto por 950 militares do Exército, da Marinha e da Força Aérea, distribuídos entre o Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat), que conta com um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, e a Companhia de Engenharia de Força de Paz (Braengcoy). A previsão é de que a maior parte dessa tropa retorne ao Brasil entre os dias 10 e 17 de setembro, enquanto 152 militares permanecerão no Haiti para finalizar o envio do material e a entrega da base brasileira.

Com a assessoria do Senador Fernando Collor

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)