Lindbergh acusa Temer de participar de 'articulação frenética' por golpe contra Dilma

Da Redação e Da Rádio Senado | 12/04/2016, 17h34

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) acusou nesta terça-feira (12) o vice-presidente da República, Michel Temer, de participar de uma "articulação frenética", junto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de um golpe contra a presidente da República, Dilma Rousseff.

Para Lindbergh, o áudio, vazado no dia anterior, em que Temer discursa como se Dilma já tivesse sido afastada pela Câmara dos Deputados, é prova da ação do vice contra o governo.  Além disso, Lindbergh acusou Temer de negociar cargos em sua hipotética administração.

O senador também criticou o PSDB, por avalizar as ações de Temer. O PSDB, na opinião de Lindbergh Farias, não teria aceitado o resultado das eleições de 2014. O senador acrescentou que o papel do PSDB nesse processo todo se refletiu em recente pesquisa Datafolha, em que o partido deixa de ser o principal antagonista do PT, ocupando tal posição, agora, a ex-senadora Marina Silva.

— E nós já falamos aqui o que significa essa chapa Temer e Cunha, que vira vice-presidente da República. O que querem aqui é quase uma eleição indireta para instalar, depois, o golpe do 1%.  Porque ele [Temer] teve 1% [das intenções de voto] nas pesquisas do DataFolha e quer fazer um governo para 1% porcento de mais ricos, como está claro na 'Ponte para o Futuro', [programa] que nós chamamos aqui de pinguela para o passado. A pesquisa DataFolha desmoraliza o golpe em curso. O vice-presidente Michel Temer tem 1%, 2%. Qual a legitimidade de Temer para assumir a Presidência da República? — criticou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)